quarta-feira, 15 de setembro de 2010

PEDOFILIA – Jordy revela indiferença dolosa

Na verdade, com diferenças apenas de grau, mas não de nível, os políticos retribuíram os votos obtidos no Marajó com uma indiferença de caráter inequivocamente doloso. E tanto é assim, que a CPI da Pedofilia da Alepa só foi viabilizada na atual legislatura, pelo empenho do deputado Arnaldo Jordy (foto), líder do PPS. Relator da CPI, Jordy teve um desempenho impecável, com uma atuação que dignificou o seu mandato e tornou possível a denúncia à Justiça da maioria dos suspeitos, a despeito das omissões pontuais, como a comissão não passar por Bragança, reduto eleitoral da deputada peemedebista Simone Morgado. A ascensão política da parlamentar é atribuída a um suposto affaire da deputada com o ex-governador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará. A ela são atribuídas manobras nos bastidores, com o suposto endosso do próprio presidente da Alepa, o deputado Domingos Juvenil, hoje candidato ao governo pelo PMDB, para blindar correligionários de Bragança da parlamentar, sob suspeita de pedofilia.
Seja como for, a instalação da CPI da Pedofilia na Alepa significou um expressivo avanço na luta contra a impunidade. Na legislatura passada, a ex-deputada Araceli Lemos, então PT, hoje PSol, defendeu a instalação da CPI da Pedofilia, com base nas eloquentes denúncias do bispo do Marajó, dom José Luiz Azcona. A bancada de sustentação parlamentar do então governador Simão Jatene, hoje novamente candidato ao governo pelo PSDB, tratou de sepultar a proposta de Araceli Lemos. Para tanto acionou o rolo compressor do Palácio dos Despachos, em uma manobra ironicamente comandada pelo deputado neotucano Bira Barbosa, cujo principal reduto eleitoral é justamente o Marajó.

Um comentário :

Anônimo disse...

Q. Cachorrada... Isso a imprensa não publica! Ainda bem q. existem Blogs sérios!