domingo, 19 de setembro de 2010

ELEIÇÕES – A tradição de manipulação

As suspeitas de manipulação do Ibope, para atender supostas conveniências políticas das ORM, as Organizações Romulo Maiorana, não são gratuitas. Não faltam precedentes para justificá-las.
Nas eleições de 1982, por exemplo, quando ainda era vivo o patriarca dos Maiorana, o jornalista e empresário da comunicação Romulo Maiorana, o jornal O Liberal pautava-se, a quando da contagem dos votos, pela apuração paralela feita pelo escritório eleitoral de Oziel Carneiro, na expectativa de um virada do candidato do PDS ao governo, a legenda de sustentação parlamentar do regime militar. Na avaliação dos observadores, a intenção dessa apuração paralela, obviamente oculta, seria pavimentar o caminho para uma fraude eleitoral, capaz de melar a provável vitória do candidato do PMDB, Jader Barbalho.
Em 1982 Romulo Maiorana foi compelido a atrelar O Liberal às candidaturas do PDS, como contrapartida pela concessão do canal 7, apesar das restrições feitas a ele por setores do regime militar, devido seu envolvimento com o contrabando no passado, uma prosaica transgressão, na época do baratismo. Em 1990, com o patriarca dos Maiorana já morto, vítima de um câncer devastador, O Liberal aderiu incondicionalmente à candidatura a governador do empresário Sahid Xerfan, ex-prefeito eleito de Belém, que tinha o apoio do então governador Hélio Gueiros, na época rompido com Jader Barbalho, que dele fizera seu sucessor, nas eleições de 1986.

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