quinta-feira, 19 de agosto de 2010

SENADO – Simon defende mudanças radicais

“Esse quadro que está sendo descrito no livro não aconteceu da noite pro dia. Tem coisas que a gente nem sabe onde e como acontecem. Eu vou fechar 32 anos de Senado. Houve fatos que eu fui ver aqui, na hora em que eu entrei na comissão [especial de reforma administrativa], que eu não sabia que existiam. E, no entanto, aconteciam. Lamentavelmente, há um desinteresse dos senadores na condução dos trabalhos normais da Casa. E há uma irresponsabilidade dos senadores no que tange a se preocupar com a estabilidade e a seriedade da Casa. Há uma indiferença. Se você reparar, os senadores não participam, a Mesa é quem decide. Mas, se você for ver, a Mesa, na maioria das vezes, assina sem saber o que está assinando.”
O desabafo é do senador Pedro Simon (PMDB/RS) (foto), em entrevista ao site Congresso em Foco, na esteira do lançamento do livro O Senado nos trilhos da história – Reforma administrativa do Senado Federal; análise crítica e propostas alternativas. Em 122 páginas, com a autoridade de quem tem 30 anos de Senado, o senador gaúcho faz críticas gerais, mostra números sobre a megaestrutura da Casa, comenta as orientações de enxugamento feitas pela Fundação Getúlio Vargas e apresenta propostas adicionais ao projeto de reestruturação.
Célebre pelo seu perfil ético e pela coragem moral, Pedro Simon é um dos fundadores do PMDB. Como acentua a matéria do Congresso em Foco, ele tido como “dissidente” dentro da legenda, principal partido da base governista, por suas críticas a algumas ações do governo Lula.

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