terça-feira, 17 de agosto de 2010

ELEIÇÕES – A memória seletiva

Ao ser apeada do poder, a tucanalha tratou de incorporar o tradicional discurso da oposição, que costuma ser o da reclamação e não da solução. E tratou, também, de cultivar a memória seletiva. Assim, por exemplo, ao ecoar a justa cobrança de realização de concursos públicos e a nomeação dos concursados aprovados, além do fim da farra dos temporários, a tucanalha se esquece, convenientemente, de suas tramóias no exercício do poder.
No Pará, a tucanalha, quando no exercício do poder, postergou até a exaustão a realização de concursos, com a conseqüente demissão dos temporários, e penalizou os servidores públicos estaduais com um devastador achatamento salarial. Na época, as perdas salariais dos servidores públicos chegaram, em média, a 50%, segundo o Dieese, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
Bem ou mal, por imposição do Ministério Público, ou por livre iniciativa, o governo Ana Júlia Carepa promoveu concursos. Lamentavelmente, é verdade, recalcitra em nomear os aprovados, preteridos pelos temporários, na esteira de conveniências eleitoreiras. As mesmas conveniências das quais foi refém a tucanalha, que inchou a máquina administrativa estadual, tal qual fazem agora os petralhas aboletados no Palácio dos Despachos

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