quarta-feira, 26 de maio de 2010

CENSURA - Aliás

Quem defende a censura, a pretexto dos excessos a mim atribuídos, certamente não sabe o que diz, porque presumivelmente refém da mais inocultável estultícia. Ou sabe muito bem o que diz, buscando apenas um álibi para justificar a compulsiva atração pelos arreganhos autoritários, próprios dos esbirros dos tiranetes de província.
Jornalistas, como qualquer outro cidadão, devem, sim, ser cobrados pelos seus eventuais excessos, mas dentro dos limites estabelecidos pelo ordenamento jurídico democrático vigente. Limites que não incluem a prerrogativa de ressuscitar qualquer tipo de censura, como a censura prévia, que agora se apresenta travestida de censura judicial.
O execrável, o repulsivo, é conviver com as aberrações produzidas por magistrados dos juizados de pequenas causas, transformados em excrescências que se tornaram o porto seguro dos canalhas de toda ordem, sob a conivência dos cúmplices retroativos da ditadura, de dolorosas lembranças.
Repetindo mais uma vez, para corroborar, sublinho que não queixo-me das ações judiciais que possam ser movidas contra mim. Não reivindico comiseração de quem quer que seja. Tenho a amizade, o respeito e a solidariedade dos que me são caros e fazem por merecer meu respeito. Isso me basta e me orgulha. O que não posso aceitar é a truculência togada, de uma corja que a nada e a ninguém respeita, porque os que dela fazem parte sequer respeitam a si próprios.
De resto, diante dos antecedentes de cada um deles, sinto-me profundamente lisonjeado por ser alvo da hostilidade dos que demandam judicialmente contra mim. Não pode haver melhor atestado de idoneidade do que estar na contramão da rapace – togada, ou não.
É só.

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