sexta-feira, 14 de maio de 2010

BASTIDORES – O meu esclarecimento

É justa e legítima a indignação manifestada por Karla Maria Haber Tancredi diante do envolvimento do seu nome como suposta beneficiária do nepotismo cruzado. Sua manifestação, porém, merece alguns reparos. O primeiro dos quais quando toma por comentário do blog a acusação que lhe é feita na carta-denúncia, que ela desmente categoricamente. O blog limitou-se a veicular a carta-denúncia, sem fazer qualquer comentário a respeito, diante da gravidade do relato feito no documento enviado ao Conselho Nacional do Ministério Público. Os deslizes pontuais e as omissões que exibe a carta-denúncia não desqualificam, em seu conjunto, as suspeitas suscitadas, que certamente merecem ser apuradas, motivo pelo qual decidi torná-la do domínio público.
Ainda que Karla Maria Haber Tancredi esteja a uma distância abissal das suspeitas contra ela esgrimidas na carta-denúncia, como sugere seu categórico desmentido, são fartos os indícios da prática escancarada do nepotismo cruzado e do tráfico de influência entre as diversas estâncias de poder no Pará. É inocultavelmente sugestivo, nesse sentido, que Yana Keila Correia Capeloni, a ilustre enteada procurador geral de Justiça, Geraldo de Mendonça Rocha, tenha aboletado-se no TJ e Celina Coelho Cativo, filha de Tereza Cativo, ilustre servidora do Tribunal de Justiça do Estado, esteja abrigada no Ministério Público Estadual.
No mais, agradeço, sinceramente sensibilizado, as carinhosas referências ao meu pai e à minha irmã. E tomo como despropositada, porque descontextualizada, a menção de Karla Maria Haber Tancredi ao marido, Mauro Prata, “capitão da Polícia Militar, lotado no batalhão de choque”, como ela faz questão de sublinhar. A não ser, é claro, que a intenção subliminar seja intimidar-me, possibilidade que prefiro descartar, porque o perfil da assessora do Ministério Público Estadual não sugere o recurso à truculência. Mesmo porque seria hilário imaginar-me intimidado diante desse tipo de recurso, apesar da tradição histórica de truculência da oficialidade da Polícia Militar no Pará.

Um comentário :

Karla Tancredi disse...

Caro Sr. Barata, venho pela última vez aqui no seu blog para esclarecer o seguinte: quando citei o nome do meu marido, o citei para que o sr. saiba que ele é, apenas, um oficial da polícia, com um salário baixo (como todos os seus colegas) e que trabalha no policiamento ostensivo há 14 anos, nunca foi favorecido, nem na polícia, nem fora dela, apenas cumpre o seu serviço. Trabalhamos muito, meu marido e eu, para criarmos nossos filhos (que são três) e não deixar que nada falte a eles, o que é natural dos pais. Em nenhum momento tive a intençao de intenção de lhe intimidar, pois, apesar das suas denuncias infundadas, tenho educação e caráter, assim como o meu marido e, a única intenção foi deixar claro quem sou e qual é a minha família, inclusive meu marido. E, antes que me esqueça, ainda resta um pouco de respeito por V.S., não pela sua pessoa, mas pela gratidão que tenho pelo seu pai, repita-se. No mais, se quiser mais algum dado da minha pessoa é só escrever para o meu e-mail karla_tancredi@yahoo.com.br.
como diz o velho ditado "quem não deve não teme", por isso escrevi para V.S., pois se V. S. é jornalista sério, apure primeiro os fatos, antes de falar das pessoas. No mais, me despeço, pois tenho que trabalhar, não vivo na aciosidade.