sábado, 30 de maio de 2009

RONALDO BARATA – Uma (justa) reverência

Pelo que ele representou para a luta dos sem-terra, sem radicalizar, por fazer da tolerância um princípio inarredável e procurar sempre compatibilizar o socialmente justo com o politicamente possível, é justo e pertinente transcrever o comentário anônimo sobre o papel de Ronaldo Barata na história fundiária do Pará. Trata-se de uma justa homenagem a quem, como ele, a despeito de eventuais equívocos e das contradições, teve a dignidade de sobrepor princípios ao pão.
O autor do comentário, inexplicavelmente abrigado no anonimato, faz um justo e isento resumo da atuação de Ronaldo Barata na conflituosa questão fundiária no Pará. Nada mais pertinente, por isso, que transcrever o comentário, com o destaque que ele merece, em uma justa reverência ao que representou Ronaldo Barata:

“Ronaldo Barata,

“Um grande homem, um grande advogado, e principalmente uma grande personagem na historia fundiária do Estado. Todos nós devemos a ele tributo de inovar onde não existia espaço para o novo, fez o bem a muitas pessoas, independente de partido ou coloração politica.
“Exímio conhecedor do direito agrário, e principalmente do complicado jogo político na área fundiária, fez de sua habilidade para contemporização uma arma de simpatia, seja com amigos ou adversários, nos momentos de crises pela disputa por terra (ou melhor, por dinheiro).
“Foi um dos melhores presidentes que o ITERPA já teve. Entre erros e acertos, sua vida ficou marcada pela coragem de tentar garantir uma harmonia entre agronegócio e agricultura familiar, porém sempre esbarrava na limitação de recursos.
“Certamente será esquecido por essa nova geração, que desconhece seus feitos, porém para os amigos será sempre lembrado como uma pessoa digna e trabalhadora.
“Um grande abraço, amigo, que Deus o tenha.”

2 comentários :

Anônimo disse...

Caro Barata,

O anonimato é para preservar a tolerância que deveria existir na Administração Pública e principalmente para evitar perseguições pessoais desnecessárias no órgão fundiário estadual, coisa que não acontecia no ITERPA há anos.
Todavia, creio que o senhor deveria voltar um pouco os olhares para o que acontece nesse órgão, a coisa tá pior que a SEMA, de cabo a rabo.

Hildegardo disse...

Agrego-me ao testemunho do trabalho realizado pelo Ronaldo Barata no ITERPA, seu espirito conciliador e seu profundo conhecimento das questões fundiárias do Pará permitiram grandes avanços.
Como Secretário de Agricultura pude pessoalmente acompanhar seu dedicado trabalho inclusive nas constantes incursões pelo interior paraense.
Hildegardo Nunes