sexta-feira, 17 de abril de 2009

IMPRENSA – Justiça do Pará veta sensacionalismo

Acatando o voto da desembargadora Eliana Abufaiad, a 4ª Câmara Civil Isolada do TJ (Tribunal de Justiça do Pará ) proibiu que os três principais jornais do Estado – Diário do Pará, O Liberal e Amazônia - publiquem imagens de vítimas de acidentes e de mortes brutais. A revelação é do site Comunique-se (www.comunique-se.com.br), de acordo com o qual, em caso de descumprimento da decisão, os jornais pagarão multa diária de R$ 5 mil.
A ação tem como objetivo de coibir o sensacionalismo que conspira contra a dignidade humana e contra o respeito aos mortos. A ação foi movida pelo Movimento República de Emaús, SDDH (Sociedade de Defesa dos Direitos Humanos) e governo do Estado.

9 comentários :

Anônimo disse...

Sentença "Cabeça de Avestruz":

A quem interessa ocultar a verdade? Vivemos numa sociedade decadente, onde impera a corrupção nas instituições públicas e o tráfico de drogas. Vivemos num país onde a maioria dos jovens simplesmente já não sente nenhuma motivação para estudar, tal é a precariedade da educação pública.

Esta "violência impublicável", quase sempre é aquela decorrente das atrocidades cometidas por gangues de jovens que se perderam no uso de drogas e acabam envolvidas na guerra entre quadrilhas de traficantes de drogas, dentre elas a do Jocicley Braga Moura, o 'Doti', preso pela polícia e depois posto em liberdade pela justiça.

Ler nos jornais notícia da soltura de um elemento da mais alta periculosidade para a sociedade paraense - isto sim - faz um mal enorme para os leitores.

Anônimo disse...

07:02, os jornais não precisam "ocultar a verdade", -coisa que eles já fazem segundo os seus interesses - o problema é que eu sou daqueles que me sinto mal em ver fotos escabrosas. Sem contar que estás fotos são de pessoas pobres. Quero ver se sai a foto de um rico "desmontado" na via pública. Me economiza!!!!

Anônimo disse...

Vejam bem... Pelos comentários postados percebo que nossa sociedade está doente mesmo. Desde quando para se noticiar algo precisa fazer sensacionalismo com corpos mutilados, estraçalhados e que na maioria das vezes foi um zé-ninguém, onde a família não reclama pela exposição indevida.
CONCORDO, CONCORDO e CONCORDO com esta decisão. Não é em momento algum censura, como alguns podem achar. Outra coisa... os jornalistas devem aproveitar este "vácuo" e usá-los com linhas para escrever sobre as matérias de maneira elucidativa. Usem os espaços vazios das fotos escabrosas, para escreverem mais e melhor... e sem erros de ortografia, por favor! - porque Barata, vc é uma das poucas exceções em sua classe, que hoje seguindo a tendencia contemporânea da "velocidade da informação" a qualidade deixa a desejar...

Anônimo disse...

Ocultar para depois a gente dizer que violëncia e sangue so em Bagda?

Anônimo disse...

Está de parabéns a Justiça do Pará. De parabéns! Uma decisão correta, lúcida e sensata. A exposição de fotos tétricas, além de ser um atentado à dignidade das vítimas, banaliza a violência da qual precisamos nos libertar urgentemente. O leitor precisa REALMENTE ver fotos de cadáveres mutilados, corpos ensanguentados, via de regra sempre de pessoas pobres? Penso que não. Tenho certeza de que não.
Os urubus que se queixam da proibição falam em "mordaça", "censura" e outras bobagens que não têm nada a ver. Mas o que eles querem mesmo é que a sociedade siga se acostumando a essa carnificina diária. Chega! Precisamos de novos valores, de uma cultura de paz efetivamente verdadeira e não de mais estímulo à criminalidade. Esse tipo de jornalismo é especialmente nocivo aos mais jovens, que ainda estão na fase de formação da personalidade e de definição dos parâmetros e referenciais que irão nortear suas vidas. Que tipo de geração a imprensa paraense pretende formar?

Anônimo disse...

Movimento República de Emaús, SDDH (Sociedade de Defesa dos Direitos Humanos) e Governo do Estado: se deem as mãos e tirem das ruas os meninos e meninas que se drogam, se prostituem, furtam, roubam e, usados por assaltantes e traficantes, matam. Elas precisam de assistência total. Chega de hipocrisia!

Anônimo disse...

caro 1:48, a sociedade de direitos humaanos bem que tenta que o Estado segure suas maos.Gesto dificil de acontecer.Acaba sendo uma luta solitaria porque tambem está faltando uma outra mao para esse elo: a mao da sociedade.Quem seria? eu, voce, eles, nós ,enfim.Mas o que vemos? uma parte da sociedade concordando com tipos de coisas que expoem o ser humano.Barrar imagens dessa natureza, nao é hipocrisia, nao é censura.è bom senso.Essa expressao significa sensibilidade,mediar e ver alem dos fatos. coisas escassas e na sia escassez, tem nos deixado imunes à dor do outro, ao desespero do outro, à tragedia do outro.Essa decisão resgata um pouco a esperança no ser humano e dá um sinal de "devagar com o andor que o santo é de barro".Um velho ensinamento de nossos avós, para os donos de jornais que adoram e fazem questão de preservar suas imagens mas nao se preocupam nem um pouco com a criança que está em casa e pode se deparar com uma foto horrenda.
Se nos acostumamos com o mal, ele permanece triunfando e acabamos por abstrai-lo achando sinceramente que temos direito nao apenas a conviver com ele, como assisti-lo na tv e ve-lo estático numa foto de jornal.
Parabens à justiça do Pará

Anônimo disse...

08:26

Informação X Desinformação

Se incomoda a algumas pessoas a informação, digo a realidade nua e crua da nossa sociedade, então seria melhor imprimir apenas desenhos em quadrinhos, paisagens e notícia de festas realizadas na sociedade.

Muita gente gostaria de folhear os jornais assim formatados; sem vêr exposta a decadência moral e o banho de sangue que o tráfico internacional de drogas está promovendo em nossa região.

Toda vez que se assina um alvará de soltura, colocando traficantes facínoras em liberdade, se está indiretamente patrocinando esta violência. Não tem como ser diferente, mesmo que se proiba os jornais de publicarem a carnificina que eles - os chefões do tráfico, estão promovendo nesta capital.

O traficante "Doti" é tão abusado que quer até matar os delegados de polícia mais competentes desta cidade. Matou gente no Amazonas, matou gente no Pará, matou gente no Ceará, etc, e mesmo depois de dezenas de homicídios nas costas, e de promover a maior guerra de quadrilhas em curso na capital (esquartejamentos, decapitações, esfacelamento de crânio, etc), após ter sido preso em Belém, rapinho apareceu uma juíza para mandar soltar ele.

O que dói não é ver a imagem destas pobres vítimas, mas sim a impunidade dos facínoras que estão enriquecendo às custas da perdição da nossa juventude e do sofrimento de milhares de pais, mães e familiares atônitos com os devaneios que seus filhos são levados a fazer por causa da droga.

Anônimo disse...

nao me referi á censura de informação, as fotos podem ate estarem lá, mas sem o excesso de exposição.vc gostaria de ver um parente seu exposto assim? pense nisso.Temos uma imensa dificuldade em nos colocar no lugar do outro.Ate na morte.
ass:8:26