sábado, 29 de novembro de 2008

UFPA – Ausências esvaziam debate na rádio

A ausência dos professores Ricardo Ishak e Regina Feio Barroso acabou por frustrar as expectativas em torno da chance de um efetivo debate entre os quatro candidatos a reitor da UFPA (Universidade Federal do Pará) no programa Jogo Aberto, da Rádio Tabajara FM.
Uma viagem a Marabá impediu a presença de Ricardo Ishak. Já Regina Feio Barroso alegou compromissos de campanha para justificar a sua ausência. Assim, o confronto direto e o cotejo entre as propostas dos respectivos candidatos ficaram restritos aos professores Carlos Maneschy e Ana Tancredi.
A Rádio Tabajara pode ser sintonizada na frequência FM 106.1 e também pela internet, no endereço www.radiotabajara.com.br

BASTIDORES – Jatene a caminho do PMDB?

Um respeitado jornalista, de competência e experiência reconhecidas, assegura-me, em uma conversa por telefone, que o ex-governador tucano Simão Robison Jatene estaria a caminho do PMDB, do qual é líder inconteste no Pará o ex-governador Jader Barbalho. De acordo com a ilustre fonte deste blog, a adesão de Jatene ao PMDB é questão de calendário.
Para efeito de registro, e que acaba por conferir verossimilhança à versão, cabe recordar que Jatene é originário do PMDB e foi, até transferir-se para o PSDB, auxiliar direto do ex-governador Jader Barbalho, ao qual sempre evitou hostilizar pessoalmente.
A conferir.

BASTIDORES – Reunião estimula versão

A versão em torno da suposta adesão ao PMDB de Simão Robison Jatene ganhou fôlego na esteira da longa reunião do ex-governador tucano com Jader Barbalho, ocorrida no início desta semana.
Para consumo externo, a razão da reunião entre Simão Robison Jatene e Jader Barbalho teria sido a negociação para garantir o apoio do PSDB à reeleição do deputado Domingos Juvenil (PMDB), atual presidente da Alepa, a Assembléia Legislativa do Pará.

BASTIDORES – Ana Júlia irritada com Jader

Segundo fontes fidedignas, realmente procede a versão de O Liberal sobre a irritação da governadora Ana Júlia Carepa com o ex-governador Jader Barbalho. O resto, também de acordo com essas mesmas fontes, pode ser debitado na conta das ilações do principal jornal do grupo de comunicação dos Maiorana, inimigos figadais de Jader Barbalho.
Na versão de O Liberal, o estopim do imbróglio seria o ex-governador ter destinado ao tucano Ítalo Mácola, à revelia do Palácio dos Despachos, a 1ª vice-presidência da Alepa, a Assembléia Legislativa do Pará.

BASTIDORES – Inusitada e tardia indignação

O que não fica claro, e nem O Liberal ajuda a esclarecer, é o porquê da inusitada e tardia indignação da governadora Ana Júlia Carepa. Nem mesmo o mimo concedido ao PSDB, em detrimento do PTB, consegue explicar a irritação de Ana Júlia Carepa, até aqui sempre pródiga para com os tucanos e que certamente teve conhecimento prévio de que os petebistas seriam alijados.
E tanto é assim que, ao ser feito o anúncio do apoio do Palácio dos Despachos à reeleição do deputado Domingos Juvenil (PMDB), o líder do governo na Alepa, o deputado petista Airton Faleiro, minimizou um possível mal-estar entre os parlamentares do PTB. Ao ser questionado sobre a cooptação do PSDB, Faleiro, com a autoridade de quem é líder do governo, argumentou que se tratava de uma composição perfeitamente plausível, diante da expressão da bancada tucana.

BASTIDORES – Cotejo com PSDB desfavorece o PTB

O cotejo com a bancada do PSDB desfavorece flagrantemente o PTB.
A bancada do PSDB, recorde-se, já somou nove deputados e hoje tem oito parlamentares, excluído Cezar Colares, eleito conselheiro do TCM (Tribunal de Contas dos Municípios do Pará). Fazem parte da bancada tucana os deputados Alexandre Von, Ana Cunha, André Dias, Bosco Gabriel, Ítalo Mácola, Suleima Pegado, Tetê Santos e Zé Megale.
A bancada do PTB tem quatro deputados. Dela fazem parte os deputados Eduardo Costa, Joaquim Passarinho, Júnior Ferrari e Robgol.

UFPA – Pesquisas sob suspeita

Diante da falta de credibilidade das fontes, inevitável face a atmosfera de efervescência que permeia a eleição do novo reitor da UFPA (Universidade Federal do Pará), recuso-me a publicar qualquer pesquisa de intenção de voto sobre o suposto desempenho dos candidatos à sucessão do professor Alex Bolonha Fiúza de Mello. Como não tive acesso ao relatório das supostas pesquisas, é inevitável a suspeita de que as projeções estejam sendo manipuladas pelos comitês de campanha, ao sabor das eventuais conveniências eleitorais de seus candidatos.
Por isso recusei-me a divulgar a pesquisa de intenção de voto enviada a este blog, por e-mail, pelo comitê de campanha da professora Regina Feio Barroso, a atual vice-reitora e que tem o apoio do reitor em fim de mandato. Como também recusei-me a divulgar uma pesquisa a qual teve acesso, segundo a versão oferecida, o comando da campanha do professor Carlos Maneschy, apontado hoje, por mera intuição, como o favorito na disputa pela Reitoria da UFPA.

UFPA – Os factóides de campanhas

Na pesquisa divulgada pelo comitê de campanha de Regina Feio Barroso, esta, naturalmente, lidera a disputa, seguida de Carlos Maneschy, Ana Tancredi e Ricardo Ishak. Na pesquisa vazada pelo comando de campanha de Carlos Maneschy, é obviamente este quem lidera a disputa, seguido, a uma boa distância, por Ana Tancredi, Regina Feio Barroso e Ricardo Ishak.
Como os números esgrimidos pelas duas pesquisas discrepam entre si, em alguns casos de forma abissal, é inevitável tomar as projeções como meros factóides. Ou seja, trata-se de fatos, verdadeiros ou não, divulgados com sensacionalismo, no propósito deliberado de gerar impacto diante da opinião pública e influenciá-la.

UFPA – Debate entre os candidatos

Pelo que relata o jornalista Carlos Mendes, antes mesmo de ser realizado já dava o que falar o debate que ocorre neste momento no programa Jogo Aberto, da Rádio Tabajara FM, com a participação de todos os quatro candidatos a reitor da UFPA. O programa tem a apresentação dos jornalistas Carlos Mendes e Francisco Sidou.
O debate promovido pela Rádio Tabajara tem formatação definida. Nos primeiro bloco, cada candidato terá três minutos para dizer porque pretende ser reitor da UFPA. No segundo, os candidatos responderão a perguntas dos jornalistas Carlos Mendes e Francisco Sidou. No terceiro bloco, com tema livre, candidato pergunta para candidato, com tempo da pergunta de 30 segundos; tempo da resposta de 2 minutos, com direito a réplica de 1 minuto; e tréplica de 30 segundos. No quarto bloco, perguntas dos ouvintes e internautas com tempo da resposta de 2 minutos. Os candidatos voltam a fazer perguntas entre si no quinto bloco, usando as mesmas regras de tempo do terceiro bloco. No sexto e último bloco, as considerações finais de cada candidato, no tempo de dois minutos.
Repetindo: a Rádio Tabajara pode ser sintonizada na frequência FM 106.1 e também pela internet, no endereço http://www.radiotabajara.com.br/

ASSALTO – A versão de Ana Carolina Pantoja

Este blog recebeu e publica, com o destaque que o relato merece, a versão de Ana Carolina Pantoja, uma das vítimas do assalto ao sítio do ex-vereador e empresário da noite André Lobato, o Kaveira.

“Prezado Barata,

“Gostaria de esclarecer que a notícia está destorcida e gostaria que você publicasse na íntegra o que vou relatar:
“Quem foi assaltado foi o meu namorado (filho do Kaveira), eu, o caseiro e um casal de amigos, tínhamos ido tomar banho de igarapé. Sete homens armados e encapuzados, com terçados, e três revólveres diferentes invadiram o sítio. Deixaram meu namorado e seu amigo nus. Apenas eu, minha amiga e o caseiro ficamos vestidos. Eles nos amarraram e nos trancaram dentro da casa,nos ameaçavam o tempo todo de morte e levaram tudo o que tínhamos. Fizeram eu tirar minha sandália, dizendo que iam dar para a namorada de um deles. Foi humilhante!!! Nunca, em toda minha vida, tive tanta certeza de que iria morrer como naquele sábado.
“Eles nos trancaram e depois que pensávamos que eles tinham ido embora, eles voltaram, igual a um filme de terror. Entraram pela janela e viram que ainda estávamos amarrados. Como estava escuro, iluminaram todos nós, um por um, com a lanterna do meu celular. Mas pelo visto, ainda não era o nosso dia de morrer e um deles me soltou para que eu soltasse os outros. Nessa hora eu pensei que eles iam me estuprar e matar o restante, pois um deles falava que aquela era a hora de nos matar porque estávamos amarrados e não iríamos reagir, que eles nos trancariam e ninguém ia nos encontrar. Foi horrível!!!
“Depois consegui ligar para o vereador Amaury do PT e ele ligou para a polícia ir nos buscar, porque lá ñ tem energia elétrica e não tínhamos como sair de lá. Agradeço de coração pelo tratamento que nos foi dado pelo Amaury e, graças a Deus, que ele se reelegeu, pois se eu tivesse alguma dúvida sobre a amizade dele para comigo, naquele momento eu vi que posso contar com ele não só como parlamentar, mas como amigo!
“Logo após a ligação, a polícia apareceu. Demos queixa, mas até agora não temos notícias dos assaltantes.
“Gostaria de aproveitar esse espaço para denunciar a OI. Liguei da delegacia para Belém e pedi que cancelassem o meu celular e do meu namorado. O nosso amigo que fez o cancelamento e disse que teve que ligar duas vezes para a OI. Uma vez para bloquear cada aparelho. Pensávamos que estava tudo ok. No mês de outubro veio normal nossa conta, mas quase um mês depois resgatei meu chip e quando liguei para a OI desbloquear meu chip, tive uma surpresa: meu chip NUNCA foi bloqueado!!!
“No mês de novembro vieram algumas ligações feitas do meu celular no dia e depois do assalto. Fomos à ANATEL reclamar. Nesta semana vimos pela internet nossa fatura que vencerá em 11/12 (que ainda ñ está fechada) e vimos mais de 400 minutos de ligações, todas de Benevides (onde fomos assaltados), ligações de mais de uma hora e até para fora de Belém. A OI entrou em contato conosco e disseram que teremos que pagar porque senão eles irão cancelar o nosso velox. A conta vai dar em torno de R$400,00 a R$500,00 e não teremos como pagar, pois vivemos de serviços feitos pela internet. Como iremos sobreviver se cancelarem nossa linha? Além de termos sido assaltados, humilhados e quase mortos, ainda teremos qie pagar por um erro da OI? Isso é um absurdo!!! Eles alegam que a pessoa que cancelou nosso celular não soube confirmar os dados na segunda ligação. Mas como? Os dados de um celular são os mesmos do outro, o do meu namorado é dependente do meu e o dele foi cancelado imediatamente, o meu, que é titular, não foi cancelado e a OI se recusa a retirar as ligações. Sendo assim, se não pagarmos, a titular da linha vai para o SPC e cortarão nosso velox. Tudo isso por erro da OI, que não bloqueou meu celular somente porque não quiseram!!!
“Fica aqui registrada toda a minha indignação para com esta operadora e também para com a violência que está tomando conta do nosso Estado!!!
“Tomara que as pessoas que lerem este comentário nunca comprem celular da OI e se tiverem, que cancelem, pois o que aconteceu comigo pode acontecer com qualquer pessoa!!!
“Espero que você” publique esta errata.

“Abraço,

“Ana Carolina Pantoja”



sexta-feira, 28 de novembro de 2008

SEDES – O desabafo do internauta

Recebi de Liberato Barroso o texto abaixo, precedido da observação: “Barata: Isto é um desabafo, diante de tanto desestímulo que tenho presenciado e sentido nas pessoas de bem. Leio cotidianamente o blog e fico chocado com o que tens escrito sobre a Sedes (Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Assistência Social). Se achas que merece, publica. Um abraço.”
Segue-se o desabafo do internauta:

“Sim. Seremos felizes. Seremos felizes quando os candidatos a cargos eletivos tiverem consciência de que cada eleitor embora anônimo, representa um pensamento de confiança no político e que a responsabilidade aumenta porque nas idas e vindas do tempo, as pessoas se cruzam e ás vezes até se conhecem.
“Seremos felizes ao acreditar que a verdade voltou a habitar o coração dos homens, modificando-lhes inclusive as fisionomias: sai das bocas o sardônico riso da conveniência e da falsidade e chega a hora das bocas combinarem com os olhos e com os pensamentos.
“Poderemos acreditar que somos outros, quando os pobres não dependerem mais das esmolas travestidas de benesses do poder público e sim contarem com apoio, para eles mesmos terem a graça de ver o pão gerado pelo suor do seu trabalho habitar cotidianamente as mesas.
“Seremos outros, quando o ensino deixar de ser mercantilizado e brotar o interesse na formação do homem como um todo. Mais importante que os 'pós graduações', é a possibilidade de transformar o trabalho em forma de cooperação com os semelhantes. Hoje, o jovem conclui uma universidade e busca aperfeiçoar seus conhecimentos através das armadilhas de instituições, esquecendo de dar aos pais a felicidade vê-los, na prática, trilhar uma carreira.
“Sim. Um dia ainda seremos felizes.”

UFPA – Debate na Rádio Tabajara FM

Na tarde deste sábado, das 14 às 16 horas, no programa Jogo Aberto, a Rádio Tabajara FM vai promover um debate com os quatro candidatos a reitor da UFPA, a Universidade Federal do Pará – os professores Carlos Maneschy, Regina Feio, Ana Tancredi e Ricardo Ishak. Com a participação do jornalista Francisco Sidou e a mediação do jornalista Carlos Mendes, trata-se do primeiro e único debate em uma emissora de rádio de Belém antes da eleição do próximo dia 3.
A Rádio Tabajara pode ser sintonizada na frequência FM 106.1 e também pela internet, no endereço www.radiotabajara.com.br

SINFÔNICA – Imbróglio sem fim

Nada mais parecido com a situação que a oposição quando chega ao poder. Este chiste resume a leniência dos inquilinos do poder, independentemente da legenda a qual pertençam, diante dos despautérios que pavimentam o imbróglio, aparentemente sem fim, sob o qual permanece a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz.
A despeito da troca de guarda no poder político do Pará, os integrantes da Orquestra Sinfônica continuam sendo tratados como escravos musicais, à margem dos mais elementares direitos trabalhistas, segundo recorrentes denúncias. Mas não só isso. De acordo com essas denúncias, os músicos da orquestra permanecem sob o assédio moral de um maestro de competência duvidosa e emocionalmente instável, cuja impunidade atinge limites intoleráveis.

SINFÔNICA – Explode a indignação

Diante do caos, a situação parece insustentável e não há mais como represar a indignação. "O regime de trabalho na orquestra é uma rica coleção de equívocos e exploração dos trabalhadores de música", resume um músico, abrigado no off, por temer retaliações.
Outro músico, também protegido pelo anonimato, é ainda mais cirúrgico. "Os músicos da orquestra são mantidos sob um virtual regime de escravidão, sem leis trabalhistas que lhes assegurem os direitos fundamentais garantidos na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), como carteira assinada, férias, 13º salário, PIS (Programa de Integração Social), hora extra, assistência médica e previdenciária, tempo de serviço e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)", salienta a fonte.

SINFÔNICA – Remuneração (bem) abaixo da média

Em matéria de remuneração, a situação dos músicos da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz é dramática, A despeito do reajuste concedido pelo governo Ana Júlia Carepa, que elevou o pagamento dos músicos para R$ 1.200,00, a remuneração ainda está muito abaixo da média nacional, que fica entre R$ 3.500,00 a R$ 5 mil, para iniciantes.
A remuneração dos músicos da orquestra, é verdade, melhorou, e muito, com o reajuste concedido pelo governo Ana Júlia Carepa. Na gestão do ex-governador tucano Simão Jatene, os músicos ganhavam minguados R$ 300,00. Às vésperas da posse do atual governo, a administração do tucano Simão Jatene dobrou a remuneração de R$ 300,00 para R$ 600,00.

SINFÔNICA – Promessa só parcialmente cumprida

O reajuste na remuneração dos músicos resulta de um compromisso assumido publicamente pela governadora Ana Júlia Carepa, em março deste ano, depois que o Blog do Barata tornou do domínio público a atmosfera de crise na Orquestra Sinfônica. Na ocasião, Ana Júlia se comprometeu não só a conceder um reajuste na remuneração dos músicos, mas também em regularizar a situação destes.
A promessa, ao que se sabe, foi apenas parcialmente cumprida. Os músicos ganharam um aumento significativo, mas permanecem à margem de direitos trabalhistas, capazes de lhes proporcionar um mínimo de estabilidade.

SINFÔNICA – Um maestro atrabiliário

Mais grave ainda é o problema que envolve o maestro Matheus Araújo, consensualmente definido como atrabiliário e de competência duvidosa. O maestro se inclui dentre as "heranças malditas" da gestão do arquiteto Paulo Roberto Chaves Fernandes, o PC, que reinou absoluto na Secult (Secretaria de Estado de Cultura) durante os 12 anos de sucessivos governos do PSDB.
O apêndice de PC no Theatro da Paz, durante o reinado da tucanalha, foi Gilberto Chaves, um diletante que se serviu do dinheiro público para se fazer íntimo de cantores líricos, em geral artistas de segundo escalão. Das estripulias de ambos, PC e Gilberto Chaves, resultou Matheus Araújo, sobre o qual é dito que veio parar em Belém após ser escorraçado de Ribeirão Preto (SP), por incompetência, do qual é biombo seu perfil mandonista.

SINFÔNICA – As estripulias de Matheus Araújo

De acordo com fartos relatos, Matheus Araújo é protagonista de uma avalancha de estripulias, algumas das quais com ônus para os cofres públicos. “Trata-se de um desequilibrado”, resume um músico, por motivos óbvios protegido pelo off. “Surpreende-me que ele ainda consiga sobreviver por aqui, diante de tantos desatinos”, acrescenta o mesmo músico.
Matheus Araújo ficou célebre, por aqui, ao promover “audiências seletivas”, a partir de critérios de eficácia no mínimo duvidosa, das quais se valeu para defenestrar da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz aqueles que ousaram contestá-lo e questionar seus métodos de trabalho. Dessas estripulias resultou o êxodo de pelo menos 35 músicos, vítimas da truculência do maestro atrabiliário.

SINFÔNICA – Farra com dinheiro público

O maestro atrabiliário também se notabilizou por promover autênticas farras com o dinheiro público. Ele é acusado de beneficiar seus apaniguados, que frequentemente traz para Belém, a pretexto das tais “audiências seletivas”, proporcionando-lhes, além de caros cachês, mordomias como hospedagem em hotéis de luxo, com as despesas todas bancadas pelo contribuinte.
Essa sucessão de estripulias provocou um segundo abaixo-assinado, em menos de três anos, cobrando a exoneração de Matheus Araújo. A Ordem dos Músicos do Pará e o sindicato da categoria também já entraram em cena, inclusive, ao que parece, acionando o Ministério Público do Estado, diante dos recorrentes casos de abuso de autoridade.

SINFÔNICA – Cristina Meira, aprendiz de tiranete

O mais patético, de acordo com as denúncias, é que Matheus Araújo parece ter feito escola, com seu mandonismo. Este seria o caso da presidente da Associação dos Amigos do Theatro da Paz, uma certa Cristina Meira, acusada de esgrimir um edital – “escabrosamente irregular” - de nova “audição seletiva”, em represália a reivindicação dos músicos em defesa de seus direitos trabalhistas.
“Não há como nos mantermos silentes, diante de tantos abusos de autoridade, diante de tantas ignomínias. A maioria dos músicos quer o expurgo do maestro e também da tal presidente da famigerada Associação dos Amigos do Theatro da Paz, que mais prejudica do que ajuda”, assinala outro músico, também em off, para o qual a jovem senhora Cristina Meira é uma aprendiz de tiranete de província.

SINFÔNICA – Músicos cobram transparência

Os músicos em geral, e aqueles que integram a sinfônica do teatro em particular, reivindicam transparência na administração da orquestra. Para tanto, consideram essencial o esclarecimento de aspectos sobre os quais perdura uma aura de mistério.
Da parte dos músicos da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz são muitas as perguntas que não querem calar. Elas dizem respeito aos motivos que impedem a legalização da orquestra, a origem dos recursos a partir dos quais são pagos os músicos da sinfônica, para que serve a tal Associação dos Amigos do Theatro da Paz e o porquê dos músicos não estarem representados nessa entidade. Os músicos também cobram explicações sobre a razão das “audiências seletivas” não obedecerem os mesmos critérios para todos, indistintamente, e o motivo que justifica a virtual vitaliciedade de alguns músicos da orquestra, poupados das tais “audiências seletivas”.

SINFÔNICA – O constrangedor silêncio de Edilson

O que soa constrangedor, em tudo isso, é a postura silente do atual secretário estadual de Cultura, Edílson Moura da Silva. Sua omissão acaba por soar como algo inocultavelmente desabonador para um governo que trombeteia incluir em seu ideário a pretensão de fazer do Pará uma terra de direitos.
Mas Edílson Moura da Silva parece absorvido demais pelo deslumbramento diante das pompas e circunstâncias embutidos no exercício do poder e pela subserviência às conveniências, por vezes espúrias, do governo ao qual serve. Não surpreende, assim, que ele se satisfaça em ser uma espécie de genérico chinfrim do execrável PC, cuja gestão foi absolutamente divorciada de qualquer noção de decência, a começar pelas concessões feitas ao nepotismo.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

SEDES – Anatomia da inépcia

Pela gravidade das denúncias nele contidas, vale a pena transcrever um comentário anônimo postado neste blog, a propósito da situação da Sedes, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Assistência Social:

“Caro jornalista,

“Fiz alguns comentarios anteriormente, mas nenhum foi publicado. Ficaria muito feliz se este fosse para midia.
"A Sedes foi criada para desenvolver ações de desenvolvimento social, mas, ao contrario de sua missão e objetivo, esta promovendo atraso no desenvolvimento e combate a pobreza no estado. Veja a situação da Casa Andréia. Tá na iminência de fechar as portas, devido a arbitrariedade e autoritarismo da secretaária Eutalia, que fica aborrecida ate com o nome dela com acento.
“As ações que foram planejadas pelo gestor anterior foram todas canceladas por esta secretária.
“Os chefes na Sede´só tratam os funcionários no grito. Vários colaboradores, em quatro meses de gestao, foram parar no hospital com problemas de hipertenção arterial, depois de ouvirem os gritos da diretora administrativo financeira senhora. Eda Fontes.
“Tem também uma coordenadora, que se apropria da amizade com o chefe de gabinete de Eutalia para detonar seus técnicos. Essa moça grossa Cecília é esposa de Fernando Maia, aquele que detonou a governadora Ana Júlia Carepa na gestão de Edmilsom Rodrigues quando prefeito de Belém. Agora ela é de confiança de Pedroca, o testa de ferro de Eutalia, articular político que gosta de ouvir conversinhas de maricota.
“Cecilia, a atrapalhada, como é conhecida pela sua incapacidade técnica, não pode ouvir falar em viagem que logo procura se articular para ir no vácuo. Vive viajando, enquanto os técnicos que precisam adiquirir conhecimentos ficam na base, vendo o sol nascer, porque não tem ação nenhuma para executar.
“Essa é a atual realidade da Sedes.

“Um grande abraço”

SEDUC – A contagem regressiva de Bila

Na esteira das especulações em torno dos humores no Palácio dos Despachos, é dada como “bastante provável” a possibilidade da professora Iracy de Almeida Gallo Ritzmann, a Bila, ser defenestrada da Seduc (Secretaria de Estado de Educação). O pretexto para tanto seria uma suposta reforma no secretariado da governadora Ana Júlia Carepa, a se dar ainda em janeiro de 2009.
Na versão corrente, conspira contra Bila seu pífio desempenho à frente da Seduc. O descontentamento com a performance de Bila teria sido potencializado pela decisão da secretária estadual de Educação de relegar a segundo plano as obrigações inerentes ao cargo, para se dedicar à campanha da professora Regina Feio, atual vice-reitora da UFPA (Universidade Federal do Pará) e candidata a reitora, com o apoio do atual reitor, Alex Bolonha Fiúza de Mello.

SEDUC – Secretária é um dos falcões do reitor

A atual secretária estadual de Educação, Iracy de Almeida Gallo Ritzmann, a Bila, é identificada na UFPA como um dos falcões do atual reitor, Alex Bolonha Fiúza de Mello, acusado de conspurcar a liturgia do cargo, na tentativa de eleger sua candidata. A Bila é inclusive atribuída uma frase com um termo chulo que resumiria sua determinação em mandar os escrúpulos às favas, na tentativa de eleger reitora a professora Regina Feio Barroso.
Bila, recorde-se, é enfant gaté do atual reitor da UFPA, do qual foi chefe de gabinete e, posteriormente, pró-reitora de Administração. Alex Bolonha Fiúza de Mello teria sido, aliás, o avalista da indicação de Bila para a Seduc.

SEDES – A rebelião dos oprimidos

Abuso de autoridade, assédio moral, condições de trabalho precárias e loteamento de cargos DAS à margem de critérios minimamente técnicos, capazes de privilegiar a qualificação e não o compadrio - pessoal e/ou político. Essas são algumas das denúncias que figuram em documento alinhavado pelos técnicos da Sedes (Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Assistência Social), que eles tencionam encaminhar ao comando da Intersindical dos servidores públicos.
À Intersindicall competiria enviar cópias do documento para o chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia Carepa, o iracundo Cláudio Alberto Castelo Branco Puty, o Pacheco, e para a Sead (Secretaria de Estado de Administração).

SEDES – Eutália, Eda e Nieta, os alvos

Na linha de tiro dos técnicos da Sedes estão a própria secretária, Eutália Barbosa Rodrigues, e as diretoras de Administração Financeira, Eda Maria Oliveira Fontes, e de Assistência Social, Antonieta Santos, a Nieta. Eutália é acusada de omissa e Eda Maria e Nieta de prepotentes e intratáveis.
Mas o chumbo grosso dos técnicos da Sedes é reservado, mesmo, para Eda Maria Oliveira Fontes. Esta é acidamente criticada pelos técnicos da Sedes e por eles etiquetada como “uma grosseirona incorrigível”. “Não há qualquer possibilidade de diálogo com esta senhora, até porque trata-se de uma pessoa absolutamente mal-educada”, desabafa uma técnica da Sedes.

SEDES – Governo cobra operação abafa

Nos bastidores da Sedes fala-se que, diante da rebelião dos técnicos, Eda Maria Oliveira Fontes foi chamada ao Palácio dos Despachos, pelo qual teria sido cobrada sobre a necessidade de articular uma operação abafa. A preocupação do governo seria evitar o desgaste político da sublevação dos técnicos da Sedes se tornar do domínio público.A cobrança do Palácio dos Despachos teria imposto uma saia justa a Eda Maria. Antipatizada pela maioria dos técnicos, seu espaço de manobra, para tanto, seria restrito. E nem mesmo a diretora de Assistência Social, Antonieta Santos, a Nieta, teria condições de auxiliar a diretora de Administração Financeira.
A rejeição a Eda Maria é de tal forma, que os técnicos da Sedes costumam se referir a ela como Edoida, em alusão aos seus frequentes destemperos e incontinências verbais.

SEDES – Diferença de grau, mas não de nível

Na versão dos técnicos da Sedes, a diferença entre Eda Maria Oliveira Fontes e Antonieta Santos, a Nieta, seria apenas de grau, não de nível. “No fundo, no fundo, são farinha do mesmo saco”, resume uma técnica, ao tentar explicar o porquê da animosidade em relação a ambas.
“A Antonieta não chega aos extremos da Eda, mas também é mal-educada e grosseira e, por isso, é igualmente malvista”, observa um técnico. “Ela também não cumprimenta ninguém, chega sem ter a gentileza de dar um ‘bom dia’ e sai sem dizer um mísero ‘tchau’. Faz questão de refazer tudo que lhe é apresentado, apenas para inferiorizar seus subordinados e, assim, reafirmar sua autoridade”, acrescenta outra fonte.

CEFET – A grosseria de Edilza

Diretora geral da Escola de Governo, a professora Edilza Joana Oliveira Fontes, a Cuca, protagonizou um patético episódio de mal-educação, resvalando para a mais acintosa grosseria, ao proferir uma palestra sobre gestão pública no Cefet, o Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará. O Cefet, recorde-se, tem como diretor geral Edson Ary Oliveira Fonte, tido também como atrabiliário, a exemplo da ilustre irmã, Edilza Joana Oliveira Fontes, cuja maior credencial é ser amiga pessoal e comadre da governadora Ana Júlia Carepa.
Na ocasião, a pretexto de acompanhar o datashow - equipamento que permite a projeção de slides ou vídeos, transmitidos por microcomputador –, Edilza Joana passou toda a sua exposição sentada e de costas para a platéia.
Mais grosseiro, impossível.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

BLOG - Audiência atrasa atualização

Em conseqüência de uma audiência judicial, acabei por ser compelido a atrasar a atualização do blog, razão pela qual peço desculpas aos internautas.

UFPA – A (oportuna) reflexão do senhor reitor

“A universidade, como instituição, é maior do que seus membros. Por isso deve ser respeitada e honrada, acima de tudo, pelos aspirantes à sua direção. Educação superior exige, de seus representantes, coerência de postura e referência ética. Não há magnificência possível fora dessa moldura.”
A reflexão é do professor Alex Bolonha Fiúza de Mello, atual reitor da UFPA (Universidade Federal do Pará), ao denunciar, em nota oficial, a improcedência de notícias veiculadas por O Liberal, o principal jornal do grupo de comunicação da família Maiorana, pelo qual costuma ser hostilizado. A advertência é mais do que oportuna, e não só em relação aos candidatos à sucessão do atual reitor, mas também - e sobretudo, aliás - a este.

UFPA – As contradições entre teoria e prática

Ninguém mais que Alex Bolonha Fiúza de Mello evidencia hoje, na UFPA, as contradições entre teoria e prática. Ao se manter no cargo e, ao mesmo tempo, se envolver diretamente na campanha da sua candidata, a professora Regina Feio Barroso, atual vice-reitora, permitindo-se inclusive fazer corpo-a-corpo eleitoral, o reitor em fim de mandato virtualmente esfarinhou seu discurso ético e detonou a dignidade que em tese se confunde com o cargo que ocupa.
Ao assim fazer, e ainda perder o controle sobre aqueles que avalizam sua candidata, Fiúza de Mello deu a senha, ainda que involuntariamente, para as baixarias que, lamentavelmente, permeiam o processo eleitoral para escolha do novo reitor.

UFPA – A ética da conveniência do magnífico

Os deslizes éticos não se constituem em novidade, em se tratando do atual reitor. Basta recordar que em 2001, quando eleito reitor, Alex Bolonha Fiúza de Mello preteriu a candidata a vice-reitora mais votada, a professora Ana Tancredi, em benefício da professora Marlene Rodrigues, a pretexto de que teria um compromisso moral de torná-la sua vice. Ou seja, ele simplesmente mandou às favas os escrúpulos e subverteu as regras do jogo, ignorando desdenhosamente a opção dos eleitores.
Só que na atual circunstância, Fiúza de Mello levou ao paroxismo a sua ética de conveniência, na esteira da qual costuma cobrar dos demais princípios que ele não tem o cuidado de cultivar e respeitar incondicionalmente. Ao se manter no cargo e da força deste se valer, para tentar viabilizar eleitoralmente sua candidata, o atual reitor abdicou, acintosamente, de qualquer pudor ético. E não se trata de nenhuma filigrana, diga-se logo, falar em pudor ético. Não foi por acaso que o atual reitor se licenciou do cargo, em 2005, quando disputou a reeleição.

UFPA – O triste ocaso da decência

A postura do atual reitor, diante da sua própria sucessão, representa, ao fim e ao cabo, o triste ocaso da decência que dele se poderia esperar. É grande o risco de Alex Bolonha Fiúza de Mello passar à história não pelos inegáveis méritos de sua administração, mas como um reitor de víeis indisfarçavelmente autoritário e, por isso, incapaz de substituir a pressa pela serenidade, o impulso pela reflexão e o egoísmo pela generosidade.
No presente cenário, cabe ao reitor em fim de mandato, por respeito à instituição que comanda, como exemplo para o seu sucessor, seja ele quem for, e para o bem da sua imagem, refletir sobre suas próprias palavras: “Educação superior exige, de seus representantes, coerência de postura e referência ética. Não há magnificência possível fora dessa moldura.”

(DES)GOVERNO – Pobre Sead!

Segundo o chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia Carepa, Cláudio Alberto Castelo Branco Puty, o Pacheco, dentre os votos contabilizados a favor da reeleição do presidente da Assembléia Legislativa do Pará, Domingos Juvenil (PMDB), se inclui o do deputado Cássio Andrade, do PSB.
Conhecendo-se o fisiologismo, a voracidade e o desapreço à ética do pai e patrono político do opaco parlamentar, o vereador eleito de Belém Ademir Andrade, também do PSB, não é difícil entrever a extensão dessa fatura política.
Pobre Sead (Secretaria de Estado de Administração)!

(DES)GOVERNO – Em tempo

Relembrando: a Sead foi a cota que coube ao PSB na partilha política do governo Ana Júlia Carepa para este garantir o apoio do partido na Alepa, a Assembléia Legislativa do Estado.
Desde então, de acordo com fartas evidências e segundo recorrentes denúncias, a Sead - uma secretária em tese vital para o bom funcionamento da máquina administrativa estadual – tornou-se abrigo para os apaniguados, políticos e pessoais, dos Andrade e valhacouto da inépcia.

CAOS – Cena do cotidiano da abandonada Belém

Na noite desta última terça-feira, 25, por volta das 20 horas, na avenida Magalhães Barata, quase esquina da travessa 14 de Abril, uma ambulância do 192 recusou-se a transportar até o Pronto-Socorro Municipal um mendigo, com um ferimento aparentemente grave no pé esquerdo, a pretexto de que o pobre homem não se fazia acompanhar de alguém, parente ou um mero acompanhante.
Condoídos pela situação do senhor, fisicamente debilitado e que aparentava ter mais de 40 anos, guardas da PM conduziram o mendigo até o PSM, em uma viatura da corporação, revelando uma elogiável sensibilidade que, lamentavelmente, faltou a quem deveria tê-la.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

ALEPA – Juvenil tem o apoio formal do governo

Na reunião com a bancada do PT na Assembléia Legislativa, o chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia Carepa, Cláudio Alberto Castelo Branco Puty, o Pacheco, anunciou o apoio formal do governo à reeleição do deputado Domingos Juvenil (PMDB), atual presidente da mesa diretora. A reunião ocorreu no gabinete do líder do governo, o deputado petista Ayrton Faleiro.
Na contabilidade de Puty, Juvenil teria assegurado os votos dos parlamentares da base de sustentação do governo, aí inclusos os deputados da bancada fisiológica. As exceções seriam a neotucana Ana Cunha e, naturalmente, Martinho Carmona, que embora do PMDB, postula ser novamente presidente da Alepa, que já comandou por dois mandatos consecutivos, quando era do PSDB, do qual migrou para o PDT, antes de desembocar no PMDB.

ALEPA – As ilações de bastidores

Nos bastidores, a ilação é de que o Palácio dos Despachos fez questão de deixar clara sua opção por Juvenil para evitar o ônus de ser responsabilizado por uma eventual rebelião de bastidores, se Martinho Carmona decidir, mesmo, comprar a briga pela presidência da Alepa.
Essa possibilidade, de uma rebelião de bastidores, segundo alguns, poderia ter, inclusive, o sorrateiro estímulo do próprio governo Ana Júlia Carepa, ainda que para consumo externo este feche com a candidatura de Juvenil.
A conferir.

ALEPA – Puty reúne com a bancada do PT

Neste exato momento o chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia Carepa, o iracundo Cláudio Alberto Castelo Branco Puty, o Pacheco, está reunindo com a bancada do PT na Alepa, a Assembléia Legislativa do Estado.
Na pauta da reunião, ao que consta, figura a posição do Executivo em relação à eleição da nova mesa diretora. Nos bastidores, comenta-se que o Palácio dos Despachos seria favorável à reeleição do deputado Domingos Juvenil (PMDB), o candidato do ex-governador Jader Barbalho.

UFPA – Cochilo no comitê de Maneschy

Talvez por excesso de trabalho, ou de confiança, o comitê de campanha do professor Carlos Maneschy tenha cochilado. Mas, ao contrário do que foi alegado, enviei, sim, por e-mail, o convite para o candidato prestar entrevista ao Blog do Barata. E reforcei verbalmente o convite a um dos integrantes do comitê de campanha, ao ser por este procurado, em um telefonema, no final da tarde da última segunda-feira, 24.
O convite foi remetido exatamente para o endereço eletrônico agora fornecido pelo comitê de campanha de Maneschy, no e-mail a mim enviado, alegando não ter sido recebido o convite. E tanto o meu e-mail anterior chegou ao destinatário, que não recebi nenhuma mensagem automática notificando que não foi localizado o destino.
Seja como for, tratei de encaminhar – novamente - o e-mail, repito, já enviado.

CAOS – O abuso nos microônibus

Soa ao mais arrematado cinismo e ofende a inteligência de qualquer um, o comentário anônimo que pretende justificar a presença de passageiros em pé nos microônibus, os populares fresquinhos. Nos microônibus a passagem – que custa R$ 2,50 - é mais cara exatamente porque eles são climatizados e destinados a conduzir apenas passageiros sentados.
Mesmo sem considerar a margem de lucro sob a qual operam os empresários de transportes coletivos, evidenciada pela prosperidade que exibem como pessoas físicas que também são, o argumento esgrimido, de que os microônibus são deficitários, não resiste a uma auditoria - contábil e/ou intelectual. Se são deficitários, porque mantê-los em circulação? O que não cabe é, a partir de uma justificativa falaciosa, pretender impor aos usuários dos fresquinhos o desrespeito de também conduzir passageiros em pé, quando esgotada a lotação sentada.

CAOS – A acintosa omissão da CTBel

Mas o intolerável, além do desrespeito dos empresários de transportes coletivos, é a leniência da CTBel (Companhia de Transportes do Município de Belém). Esta se revela permanentemente omissa diante dos abusos continuadamente perpetrados contra os usuários, razão óbvia deles perdurarem.
A omissão da CTBel é criticada, aliás, até no Poder Judiciário. Em recente audiência, na qual o motorista de um ônibus da linha Sacramenta-Humaitá foi condenado a uma pena pecuniária por insultar uma passageira, a magistrada que julgou o contencioso admitiu que em tais circunstâncias é inútil recorrer à CTBel. Segundo a juíza, nesses casos a CTBel se limita a pedir desculpas ao usuário ofendido e a advertir a empresa sobre a denúncia formulada, sem impor qualquer ônus ao transgressor.

ECA – A questão da criança e do adolescente

Recebi e reproduzo, com o merecido destaque, o comentário de uma internauta, que se identifica como Lúcia,a propósito do III Congresso Mundial de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, realizado no Rio de Janeiro, desta terça-feira, 25, até sexta-feira, 28, com a participação de representantes de 96 países.
Segue, abaixo, o comentário de Lúcia:

O congresso mundial do outro lado do nosso rio

“A partir de hoje, até 28 de novembro, o Rio de Janeiro é a capital brasileira que receberá pessoas de inúmeras partes do mundo para discutirem e buscarem soluções concretas para uma das questões mais vergonhosas do mundo. Trata-se do III Congresso Mundial de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
“O evento ocorrerá pela primeira vez em sua história em um país em desenvolvimento. As edições anteriores ocorreram na Suécia e no Japão. O Brasil, um dos países que é considerado de maior avanço em sua legislação, após o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente, precisa mostrar avanços nesta área. Sabe-se, porém, que o cenário atual não é dos mais agradáveis. O Pará, por exemplo, até hoje não conseguiu explicar o caso escabroso de Abaetetuba. Uma menina de 13 anos ficou numa cela comum, na companhia de dezenas de homens, e sofreu violência sexual. O fato “ganhou” o mundo, e certamente será lembrado no Congresso Mundial. Pais e mães oferecem suas filhas para a prostituição ao longo dos rios do Pará, Macapá, Acre... São ribeirinhas que sofrem abuso em troca de alguns trocados para comprar alimento
“O Estatuto da Criança e do Adolescente, passados 18 anos, continua a ser uma abstração para muitas autoridades A dificuldade em traduzir o que está preconizado no ECA, acaba sendo um dos maiores entraves para as políticas públicas no Brasil.
“A Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República é uma das organizadoras do evento. O Pará deveria ter se envolvido neste Congresso de modo mais incisivo e participativo. O que se percebe, até porque não há indícios nesse sentido, é que não houve uma mobilização proporcional ao problema que ocorre em nossas regiões em relação ao abuso e exploração sexual. O governo do estado, através de suas secretarias, deveria ter mobilizado a sociedade civil para apresentar propostas e divulgá-las à população. Não houve um único anuncio público da governadora sobre isso. O evento é no Rio de Janeiro, mas é de suma importância para a região amazônica. Conseguimos ir à China e não ousamos atravessar o rio Amazonas para expor nossas angustias e reconhecer que precisamos, sim, de apoio. É aquela historia de mostrar a bela sala para as visitas e esconder os quartos e cubículos abarrotados de sujeira. O Pará comporta-se como aquela mãe da canção de Chico. Faz de conta que nada de ruim está acontecendo com seu guri.”

UFPA – O cotejo das propostas dos candidatos

Como a comissão eleitoral optou por cercear o confronto direto de idéias e propostas, o Blog do Barata deverá suprir parcialmente essa lacuna, com a publicação de entrevistas com os candidatos a reitor da UFPA (Universidade Federal do Pará). A idéia é publicar as entrevistas neste fim de semana, permitindo assim, aos eleitores da academia, comparar as alternativas com as quais acenam os candidatos a reitor.
Com exceção do professor Carlos Maneschy, que não deu retorno ao convite formulado por e-mail, os demais candidatos já confirmaram que deverão conceder a entrevista solicitada. A cada um dos candidatos foram formuladas as mesmas cinco perguntas, das quais apenas uma - relativa ao eventual apoio do atual reitor – se faz sob perspectiva distinta, porquanto apenas uma das candidaturas tem o apoio do professor Alex Bolonha Fiúza de Mello.

UFPA – O trololó dos áulicos

Não imaginava ser necessário voltar ao assunto, mas um comentário anônimo, elegante na forma, porém abjeto no conteúdo, com as claras digitais dos áulicos, critica-me pela falta de isenção na cobertura da eleição para reitor da UFPA. O comentário anônimo vai mais além, em sua leviandade, ao envolver o professor João Guerreiro. O comentário sugere que minha postura como editor deste blog supostamente deriva das hipotéticas preferências do atual diretor executivo da Fadesp (Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa) e dos laços de amizade que mantenho com alguns dos integrantes da família Guerreiro.
Se a intenção foi constranger-me, trata-se de uma tentativa absolutamente inócua. Nem o professor João Guerreiro, pelo seu próprio temperamento, e também por rigor ético, se permitiria qualquer interferência indébita, nem eu admitiria atrelar este blog a qualquer ideário divorciado das minhas convicções e da verdade dos fatos. Quanto aos Guerreiro, estou, sim, atado a amizades com alguns deles, sem nem por isso abdicar do respeito que, no caso, é rua de mão dupla, como costuma ocorrer entre pessoas de bem.

UFPA – O nhenhenhém da (suposta) isenção

Sobre a isenção que me é cobrada, devo repetir, mais uma vez, que não a persigo, até porque nela não creio, por entender que, seja como for, acabamos por traduzir – com diferença de grau, mas não de nível – pelo menos parte dos nossos mapas de crenças pessoais. Agora, persigo, sim, a independência, razão pela qual sou malsinado por alguns, na esteira deste blog, por recusar-me a atrelá-lo ao pacto do silêncio tão a gosto dos eventuais inquilinos do poder.
Orgulho-me de não brigar com fatos, na perspectiva de que estes são sagrados, embora as interpretações sejam livres. Tanto quanto me orgulho de preservar o caráter plural deste blog, na premissa de que a liberdade é, sobretudo e fundamentalmente, a liberdade de quem discorda de nós.

UFPA - Aliás

O caráter plural deste blog não deve, porém, ser confundido como terra de ninguém, na qual possam pontificar aqueles que não querem esclarecer, mas apenas e tão somente ofender, como é próprio de quem se move a partir de motivações torpes. Embora relute em assim fazer, essa é a razão de recusar comentários sordidamente mentirosos, ou embutindo achincalhes a mim e/ou a terceiros.
Sou passível de erros, é claro. E jamais recalcitrei em admiti-los, por eles penitenciando-me, no permanente exercício da autocrítica. Mas nem meu passado, e muito menos meu presente, permite, a quem quer que seja, pretender nivelar-me a escumalha, incorrigivelmente fiel ao hábito de medir os outros por sua própria régua.

IMPRENSA – Uma decisão controvertida

É no mínimo controvertida a decisão do juiz Marco Antônio Lobo Castelo Branco ao negar a liminar na ação movida contra os inquestionáveis excessos dos nossos principais jornais - O Liberal, Diário do Pará e Amazônia - nas coberturas policiais, com a exploração, levada ao paroxismo, de fotos flagrantemente repulsivas. Se não induzem à violência, o que serviu de pretexto para a decisão de Castelo Branco, a exploração de fotos repulsivas certamente degrada as vítimas da violência, invariavelmente pessoas de origem humilde e, por isso, à mercê dos abusos editoriais, dos quais são poupadas apenas os mortos de status social mais elevado.
Mas, em se tratando de Castelo Branco a decisão não chega a surpreender. Por inocultável prepotência, trata-se de um juiz que, em uma ação na qual sou réu, permitiu-se ficar no tênue limite que separa a estultícia do escárnio - e não só por sua atuação como relator do processo, ao se manifestar na contramão dos autos. Porque recorri de uma sentença por ele lavrada, Castelo Branco impôs uma multa, sob o argumento de que eu estaria tentando postergar a ação da Justiça. Um argumento, em tudo e por tudo, gracioso, resvalando para uma acintosa molecagem, considerando-se que a ação é movida pelo dublê de advogado e jornalista Hamilton Ribamar Gualberto, um assassino impune, condenado em primeira instância pela morte de um detento, sexagenário e indefeso, quando era delegado de polícia, razão pela qual foi demitido a bem do serviço público. Atribuir-me a intenção de procrastinar uma decisão da Justiça, porque dela recorri, em um contencioso que tem como um dos protagonistas um assassino impune, soa fatalmente a deboche.
Em tempo: desconheço qualquer questionamento do juiz Marco Antônio Lobo Castelo Branco sobre a impunidade da qual se beneficia Hamilton Ribamar Gualberto, colunista dos jornais O Liberal e Amazônia, nos quais, até onde se sabe, o assassino impune trabalha de graça, aviltando com isso a mão-de-obra jornalística – o preço que paga para gozar de notoriedade, na ausência de méritos intelectuais para dela usufruir.

SEDES – Clima insustentável para Eda

Sabe-se como começou, mas a essa altura é difícil dizer onde vai parar o clima de insatisfação dos técnicos da Sedes (Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Assistência Social) em relação a Eda Maria Oliveira Fontes, a diretora de Administração Financeira. A atmosfera é de ebulição, para dizer o mínimo.
Pelo que já vazou, os técnicos da secretaria se revelam dispostos a ir às últimas conseqüências. O estopim da revolta foi Eda Maria Oliveira Fontes destratar e humilhar publicamente uma servidora de carreira, lotada como agente administrativa e reconhecidamente competente.
Relembrando: a despeito de ser habitué em desrespeitar seus subordinados hierárquicos, Eda Maria Oliveira Fontes estaria blindada pela condição de irmã de Edilza Joana Oliveira Fontes, a Cuca, diretora geral da Escola do Governo. Descrita como igualmente atrabiliária, Edilza Joana é amiga pessoal e comadre da governadora Ana Júlia Carepa. Esta, porém, já não conseguiria ocultar seu desconforto, diante das sucessivas queixas contra os despautérios atribuídos a Eda Maria Oliveira Fontes.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

BLOG – Atraso involuntário

Problemas pessoais, que tomaram parte do meu dia, impediram-me de fazer mais cedo e mais completa, nesta segunda-feira, 24, a atualização deste blog, a ser retomada nesta próxima terça-feira, 25.
Por isso, meu pedido de desculpas aos internautas que acessam o blog.

CAOS – Desrespeito aos usuários de microônibus

O motorista de um dos microônibus que fazem a linha Castanheira-Iguatemi, de placa JVL-6656, ofereceu na tarde desta segunda-feira um eloqüente exemplo do caos no trânsito de Belém, pontuado pelo desrespeito aos usuários por parte dos empresários de transportes coletivo de Belém. Climatizados, e por isso conhecidos como fresquinhos, os microônibus foram implantados para conduzir apenas passageiros sentados, razão da passagem – que custa R$ 2,50 – ser mais cara que a dos ônibus convencionais, nos quais os passageiros pagam R$ 1,50.
A despeito disso, no início da tarde desta segunda-feira, 24, entre 14 horas e 14h30, quando o pequeno coletivo trafegava pelo bairro do Comércio, o motorista do fresquinho da linha Castanheira-Iguatemi, de placa JVL-6656, continuou a recolher passageiros, acotovelados em pé, apesar do microônibus estar com sua lotação sentada esgotada. O despautério provocou, naturalmente, a indignação dos passageiros, o que terminou por inibir o motorista de prosseguir com a afronta aos usuários, aos quais, porém, ainda se permitiu ameaçar trafegando em marcha tartaruga, da qual desuistiu ao ser anunciada, por uma passageira, a disposição em acionar os dois maiores jornais de Belém.

CAOS – Uma afronta recorrente

O grave, no episódio, é que trata-se de um comportamento recorrente esse desrespeito aos usuários. Um desrespeito que perdura, certamente, porque deve ter o aval dos patrões dos motoristas, até porque estes não têm autonomia de vôo para transgredir, continuada e impunemente, uma determinação legal.
Agora, pior, muito pior, diga-se, é a leniência da CTBel (Companhia de Transportes do Município de Belém), para com o desrespeito aos usuários. Assim não fosse, essa prática certamente não perduraria.

ALEPA – A meia-passagem intermunicipal

Está confirmada para esta terça-feira, 25, a partir das 15 horas, no auditório João Batista, no Palácio Cabanagem, a realização de uma audiência pública na Alepa (Assembléia Legislativa do Pará) sobre o projeto do Executivo que estende a concessão da meia-passagem estudantil para o transporte coletivo rodoviário e aquaviário intermunicipal.
A audiência pública foi solicitada pelo deputado petista Carlos Bordalo, diante da vagarosa tramitação do projeto do Executivo. Segundo a assessoria do parlamentar do PT, o projeto dormita desde o primeiro semestre deste ano na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Alepa.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

SEDES – Abuso de Eda provoca indignação

É da mais absoluta indignação a atmosfera na Sedes (Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Assistência Social), diante dos sucessivos despautérios de Eda Maria Oliveira Fontes. O estopim para a generalizada repulsa em relação à diretora de Administração Financeira - que é habitué em desrespeitar seus subordinados - foi Eda Maria destratar e humilhar publicamente uma servidora de carreira, lotada como agente administrativa e reconhecidamente competente.
Em se tratando de Eda Maria, essa é uma postura recorrente, segundo freqüentes relatos. Exibindo uma competência inversamente proporcional à sua empáfia, ela parece apostar na impunidade, possivelmente por ser irmã de Edilza Joana Oliveira Fontes. Também conhecida como Cuca e tida e havida como uma pessoa igualmente atrabiliária, Edilza Joana, além de diretora geral da Escola do Governo, é amiga pessoal e comadre da governadora Ana Júlia Carepa. Por isso, dizem, ela se mantém incólume, a despeitos dos reiterados episódios de abuso de autoridade.

SEDES – Mas...

De acordo com relatos vazados do próprio Palácio dos Despachos, apesar da amizade que dedica à sua comadre, Edilza Joana Oliveira Fontes, a governadora Ana Júlia Carepa já não consegue dissimular seu desconforto diante das sucessivas queixas contra Eda Maria Oliveira Fontes.
Diz o jornalista Carlos Heitor Cony que, em se tratando de imbróglios, o problema é a conjunção coordenativa mas depois da vírgula. Se assim for, isso possivelmente explica o porquê da boataria segundo a qual Eda Maria seria removida da Sedes.

UFPA – Cai a máscara

Se não permitiu explicitar e aprofundar os compromissos de gestão dos candidatos a reitor da UFPA (Universidade Federal do Pará), o simulacro de debate realizado quinta-feira, 20, serviu pelo menos para evidenciar o perfil da professora Regina Feio. Atual vice-reitora, ela é a candidata do atual reitor, professor Alex Bolonha Fiúza de Mello, frequentemente acusado de utilizar a máquina administrativa e de protagonizar episódios de coação, na tentativa de fazer sua sucessora Regina Feio.
Em relação a Regina Feio, o que emergiu não foi exatamente estimulante. A vice-reitora, presumivelmente por osmose, revelou uma inocultável empáfia e uma postura para lá de autocrática. Sobretudo quando defendeu intransigentemente a forma pela qual se dá o redimensionamento de pessoal, criticado por ser imposto sem maiores discussões e, por isso, embutir um variado elenco de distorções.

UFPA – A tentação totalitária

Pelo seu discurso, a professora Regina Feio sugeriu ainda ter sucumbido diante da tentação totalitária, expressa em um discurso ufanista, a partir do qual algum desavisado pode concluir que a UFPA é um oásis em matéria de excelência e o atual reitor e sua equipe são paradigmas em termos de competência. Ao ouvir a atual vice-reitora, foi inevitável o sentimento de que a candidata do reitor se deixou enredar pela propaganda enganosa, que pretende apresentar a UFPA como uma espécie de Ilha da Fantasia, título de um seriado de TV norte-americano, que fez sucesso nos anos 70 do século passado. O seriado se passava em uma hipotética ilha, na qual as pessoas realizavam seus sonhos impossíveis.
O tom imperativo de Regina Feio permite entrever que, se ela for eleita, são grandes as possibilidades da academia aprofundar suas mazelas, diante da ausência de humildade em admitir que estas existem. A atual vice-reitora lembra muito, com sua postura, um ex-reitor, já falecido, que no exercício do cargo, durante a ditadura militar, pretendeu proibir até o uso de bermudas pelas alunas, a despeito da peça estar então na moda.

UFPA – A obtusidade dos áulicos

Apresentando-se como estudante da UFPA, internauta acusa-me, em comentário anônimo, de ser hostil à chapa formada pelos professores Regina Feio, atual vice-reitora, e Licurgo Brito, pró-reitor de Ensino de Graduação, e de alimentar um parti pris em relação ao atual reitor, professor Alex Bolonha Fiúza de Mello. Para justificar o envolvimento do atual reitor no corpo-a-corpo eleitoral, o argumento é de que nem presidente, nem governadores e nem prefeitos, são obrigados a se afastar dos cargos, para disputar reeleição.
O raciocínio é próprio da obtusidade dos áulicos, a começar por pretender cotejar grandezas heterogêneas. Não há como comparar a política partidária com uma disputa na academia. E tanto é assim, repita-se, que a quando da sua reeleição, embora não havendo nenhum impedimento legal, mas consciente do impedimento ético, o atual reitor optou por se licenciar do cargo. Sobre eu deter-me na postura do atual reitor e seus candidatos, nada mais natural, até porque é neles que reverberam as denúncias de utilização da máquina administrativa e do emprego da coação como instrumentos para cooptar, ainda que a contragosto, eleitores para a chapa oficial.
De resto, um esclarecimento: pela acusação que me foi feita, presumo que a pessoa que fez o comentário me tenha como supostamente parcial, e não imparcial, como foi escrito mais de uma vez – seja por um ato falho, seja por estultícia.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

UFPA – O recorrente cinismo dos áulicos

Não sou de perder tempo com as estultícias dos áulicos. Mas pretender fazer crer que é prosaico um reitor abandonar seus afazeres para protagonizar corpo-a-corpo eleitoral, e sugerir que isso não implica em nenhuma transgressão ética, supera a cota tolerável de cinismo por parte dos xerimbabos do professor Alex Bolonha Fiúza de Mello.
Obviamente que acaba por soar a coação o reitor, em pessoa e no exercício do cargo, defender o voto na candidata da sua preferência, tanto mais porque, exercendo a função, ele dispõe de prerrogativas para retaliar a quem a ele se oponha declaradamente. E tanto é assim que, a quando da sua reeleição, em 2005, o professor Alex Bolonha Fiúza de Mello se licenciou do cargo, em um gesto de louvável grandeza política, que lamentavelmente não repetiu, ao decidir participar ativamente da campanha da atual vice-reitora, professora Regina Feio.

UFPA – O estigma da falta de escrúpulos

Mais lamentável ainda é constatarmos que a candidata do reitor, a professora Regina Feio, atual vice-reitora, e seu vice, o professor Licurgo Brito, pró-reitor de Ensino de Graduação, tisnaram sua campanha com o estigma da falta de escrúpulos. A postura de ambos é decididamente preocupante porque, se como candidatos revelam desapreço à ética, fatalmente brota o temor de que, se eleitos, mandem às favas qualquer vestígio de escrúpulos, para atingir seus objetivos.A situação é tanto mais patética, diga-se, porque todo esse imbróglio se dá em uma instituição de ensino superior cinqüentenária, que é um monumento cívico do Pará e um patrimônio da educação no Brasil. Seria de se esperar, por isso, que o professor Alex Fiúza de Mello pudesse exibir, por força do cargo que ocupa, a dignidade que lhe faltou, e que os professores Regina Feio e Licurgo Brito servissem de exemplo da postura ética que se espera de quem postula comandar o destino de uma academia.

UFPA – Debate sob o signo da mordaça

Está previsto para esta quinta-feira, 20, a partir das 17 horas, no ginásio de esportes do campus universitário do Guamá, o simulacro de debate reunindo os candidatos a reitor da UFPA (Universidade Federal do Pará). A formatação do debate é digna da Lei Falcão, que na época da ditadura militar impedia a livre manifestação dos candidatos no horário político gratuito.
O simulacro de debate, tal qual o arremedo deste foi organizado, se fará sob o signo da mordaça. Na verdade, nem se trata de debate, porque, de acordo com as normas definidas pela comissão eleitoral, não haverá o confronto direto de idéias entre os candidatos. Ou seja, não haverá debate direto entre eles. Cada candidato responderá a quatro perguntas, sorteadas aleatoriamente.
Em tempo: a denominação de Lei Falcão remete ao ministro da Justiça que a inspirou, o iracundo Armando Falcão. Este também se notabilizou pela espécie de mantra que repetia, irritantemente, a cada abordagem de jornalistas – “Nada a declarar.”

UFPA – Candidatos coonestam cerceamento

O lamentável, mas profundamente lamentável, mesmo, é que os postulantes a reitor, e mais particularmente os candidatos de oposição, vítimas diretas desse absurdo cerceamento imposto pela comissão eleitoral, deverão coonestá-lo participando do simulacro de debate. Boicotar o arremedo de debate e denunciar o cerceamento que lhes foi imposto, seria bem mais respeitoso para com a UFPA e dignificante para cada um dos candidatos, sobretudo os candidatos de oposição – Ana Tancredi, Carlos Maneschy e Ricardo Ishak.
A submíssão ao despautério protagonizado pela comissão eleitoral, ao impedir o debate direto entre os candidatos a reitor, é preocupante. Afinal, o livre debate, o cotejo entre as propostas, deveria se constituir em um princípio inegociável na academia. Tanto mais porque se trata, no caso da UFPA, de uma tradicional instituição de ensino superior, na qual o respeito ao contraditório deveria ser cultivado intransigentemente, sem nenhuma concessão.

UFPA – O sofisma do senhor reitor

Exercício da cidadania. Este é o frágil sofisma esgrimido para tentar justificar a postura do professor Alex Bolonha Fiúza de Mello, o atual reitor da UFPA, diante da sua própria sucessão.
Aparentemente obcecado com a idéia de fazer seu sucessor, Fiúza de Mello também mandou os escrúpulos às favas e se engajou pessoalmente na campanha da professora Regina Feio, atual vice-reitora e candidata a sucedê-lo. Sem se licenciar do cargo, em um deslize ético no qual é acompanhado pelos seus candidatos a reitor e vice-reitor, o atual reitor chamou a si, inclusive, a tarefa de fazer o corpo-a-corpo eleitoral, atrás de voto para a chapa que tem o seu apoio.

UFPA – O desapreço pela ética

Como pessoa física, o professor Alex Bolonha Fiúza de Mello não só pode ter candidato, mas até se engajar pessoalmente na campanha da chapa da sua preferência. Mas ao assim fazer, mantendo-se no cargo de reitor, evidencia um lamentável desapreço pela ética, que tisna sua biografia.
A situação é tanto mais patética porque Fiúza de Mello trai, com seu atual comportamento, um compromisso que assumiu publicamente, de conduzir sua sucessão com a postura de magistrado. Pior, aliás, muito pior, é o atual reitor ignorar a liturgia do cargo e se envolver no corpo-a-corpo eleitoral, o que acaba por sugerir coação, por força das funções que ele exerce e dos poderes que elas lhe conferem.

UFPA – O mau exemplo se dissemina

O professor Alex Bolonha Fiúza de Mello, aliás, fez escola com o seu inocultável desapreço pela ética. Desapreço que ele revelou ao mergulhar de cabeça na campanha da professora Regina Feio, sem ter a decência de se licenciar do cargo de reitor.
O mau exemplo do atual reitor se disseminou entre os seus candidatos a reitor, a professora Regina Feio, e a vice-reitor, o professor Licurgo Brito. Nenhum dos dois, Regina e Licurgo, teve a decência de se licenciar dos cargos que exercem. Regina Feio permaneceu como vice-reitora e Licurgo Brito como pró-reitor de Ensino de Graduação.

UFPA – Revela-se o tiranete de província

Segundo uma máxima célebre, o poder não muda o homem, apenas o desmascara. Se assim for, constata-se que, de forma indisfarçável, o professor Alex Bolonha Fiúza de Mello revela-se uma fraude política.
É inevitável concluir, nesse contexto, que o invólucro de intelectual refinado e plural, sob o qual se apresenta o atual reitor, na verdade esconde um tiranete de província. Um tiranete prepotente e inescrupuloso como todos aqueles que, a exemplo dele, se deslumbram com o poder, às vezes até abdicando de convicções históricas.

GREVE – Ironias da história

Soa irônico o deputado estadual tucano Zé Megale pretender intermediar uma negociação entre o governo Ana Júlia Carepa e os delegados da Polícia Civil. Estes reivindicam isonomia salarial com os procuradores do Estado, em um imbróglio que se arrasta, salve engano, desde o primeiro mandato do ex-governador tucano Almir José Gabriel, sem que tenha sido resolvido pelos sucessivos governos do PSDB, entre 1995 a 2006
Para completar a desfaçatez, por iniciativa de outro parlamentar tucano, Ítalo Mácola, a Alepa, a Assembléia Legislativa do Pará, deverá realizar uma sessão especial, a 4 de dezembro, para debater a reivindicação dos delegados da Polícia Civil. O requerimento nesse sentido foi aprovado por unanimidade.

ABANDONO – A desfaçatez de Dudu, o nefasto

A desfaçatez do prefeito reeleito de Belém, Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, não conhece limites. Depois de transformar Belém em um canteiro de obras de fachada, nos três meses que antecederam as eleições de outubro, tão logo o nefasto garantiu a reeleição, a cidade voltou a ficar abandonada.
É desolador, por exemplo, o abandono de uma pracinha no conjunto do IAPI, em São Braz. Além de folhas das árvores, a pracinha acumula lixo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

SEDES – Governo Ana Júlia maltrata hansenianos

Quando se imagina que os petralhas possam ter esgotado o seu arsenal de trapalhadas, eis que eles ressurgem, impávido colosso, levando ao paroxismo a estultícia que lhes é própria. Dessa vez as vítimas da inépcia foram os hansenianos.
Desde que o benefício foi instituído em 2007, pelo governo Lula, pela primeira vez a Sedes (Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Assistência Social) atrasou o pagamento da pensão vitalícia, no valor de R$ 750,00, a pessoas atingidas pela hanseníase. Têm direito à pensão – vitalícia, repita-se - pessoas submetidas a isolamento e internação compulsórios em hospitais-colônia até 31 de dezembro de 1986.

SEDES – Enquanto isso...

Segundo uma fonte fidedigna, Eutália Barbosa Rodrigues, a secretária estadual de Desenvolvimento e Assistência Social, pinçada do Tocantins, entrega-se quase todo fim de semana ao dolce far niente, provavelmente bancado com recursos públicos.
Como ninguém é de ferro, acrescenta a mesma fonte, quase todo fim de semana a secretária viaja para Brasília, de onde segue para Palmas, capital do Tocantins, para rever a família. Como não é rica e nem herdeira de alguma fortuna, presume-se que ela faça esse tour semanal sob o auspício do governo.

EDUCAÇÃO – Reflexos do sucateamento

Nada mais emblemático do sucateamento do ensino público no Pará - para o qual muito contribuíram os sucessivos governos do PSDB, entre 1995 e 2006 - que a relação dos docentes selecionados para disputar a terceira edição do Prêmio Professores do Brasil.
Dentre os selecionados não figura um único professor do Pará. Mas o elenco inclui professores de Rondônia e Amapá.

EDUCAÇÃO – Abandono que agride

Se a tucanalha aviltou a rede estadual de ensino no Pará, ao reduzir a Seduc (Secretaria de Estado de Educação) a moeda de troca política, o governo Ana Júlia Carepa ainda não sugeriu qualquer determinação em reverter esse quadro de penúria.
Uma fonte absolutamente confiável relata que, em um recente concurso público, foi lotada na Escola Estadual de 1º Grau Maroja Neto, na avenida Pedro Miranda, 444, no bairro da Pedreira. E o que viu foi um cenário desolador, sob um abandono que agride. De acordo com essa fonte, as instalações da escola exalam abandono, com salas de aula com tapumes em lugar de janelas, ventiladores de teto quebrados, tornando o calor insuportável, e banheiros depredados e terrivelmente sujos. “O caos explica o porquê da alta taxa de evasão escolar”, arremata a fonte.

EDUCAÇÃO – Às favas com os escrúpulos

Mesmo assim, mandando às favas os escrúpulos, a atual secretária estadual de Educação, Iracy de Almeida Gallo Ritzmann, a Bila, parece priorizar a sucessão do reitor da UFPA (Universidade Federal do Pará), professor Alex Bolonha Fiúza de Mello, do qual é amiga íntima. Ela foi chefe de gabinete do atual reitor e pró-reitora de Administração, antes de migrar para a Seduc,
Professora de carreira de 1º e 2º graus na UFPA, Bila é graduada em licenciatura plena em história, pela própria UFPA, onde se especializou em história da Amazônia. Posteriormente ela fez mestrado, em história social, na PUC/SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Consta que ela teria mergulhado de cabeça na campanha da professora Regina Feio, candidata a reitora da UFPA, com o apoio do atual reitor, professor Alex Bolonha Fiúza de Mello.

RECURSOS – Seis municípios beneficiados

Seis municípios do Pará habilitaram-se a receber recursos do governo federal, na esteira dos programas Saúde da Família e de Agentes Comunitários de Saúde.
No Pará foram credenciados os seguintes municípios: Gurupá, Marituba, Melgaço Tailância, Tucuruí e Ulianópolis.

UFPA – Sem remissão

Dependendo do desfecho da eleição para reitor da UFPA, a Messalina do Guamá, voraz também em tramóias, deverá passar os próximos quatro anos bem distante não apenas da reitoria, mas também do próprio campus universitário.
Essa, pelo menos, é a imposição feita a um dos candidatos, por quem pode fazê-la.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

SAUDADES – O adeus da bela e elegante senhora

O Pará acaba de perder uma de suas mais belas e elegantes senhoras, dona Albertina Parijós, na qual o bom-tom sempre emergiu espontaneamente, como é próprio em pessoas naturalmente finas. Mais que isso, muito mais que isso, aliás, ela foi sobretudo mãe e avó amantíssima, papéis que priorizou em tempo integral, com a generosidade de quem ama incondicionalmente, com início e sem fim. Não por acaso, ela foi uma nova mãe para o genro, Paulo Melo, prematuramente privado da mãe biológica, a para sempre querida e inesquecível tia Zezé, paradigma de pessoa visceralmente boa, além de ter sido uma mulher também exuberantemente bela.
Diante das circunstâncias, resta-me expressar minhas condolências a Dolores, a filha de dona Albertina, e Paulo Melo, em pêsames extensivos aos filhos e nora do casal. Lamento, sinceramente, reencontrá-los neste momento de dor, em face da qual o alento é saber que viver para os que ficam não é morrer. De resto, apesar da adversidade do momento, é sempre prazeroso reencontrar Paulo Melo. Mais que primo biológico, Paulo é um irmão de coração, meu e dos meus irmãos, na esteira dos indestrutíveis laços de amor, amizade, consideração e respeito.

ALEPA – Eleição marcada para 2 de dezembro

A eleição da nova mesa diretora da Alepa, a Assembléia Legislativa do Pará, está marcada para 2 de dezembro. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 18, pelo presidente da Alepa, deputado Domingos Juvenil (PMDB), candidato a reeleição.
Como tradicionalmente ocorre, a eleição da nova mesa da Alepa é marcada por especulações. O deputado Martinho Carmona, hoje no PMDB, postula um terceiro mandato como presidente, depois de ter comandado a Alepa por dois períodos consecutivos, quando ainda estava no PSDB. O G-10, a bancada assumidamente fisiológica da Alepa, esgrime a ameaça de sair com um candidato, possivelmente para aumentar seu poder de barganha.

ALEPA – O fascínio de Carmona pela China

Como era previsível, o deputado Martinho Carmona foi à tribuna, nesta terça-feira, 18, para expressar o seu fascínio diante da possibilidade de investimentos da China no Pará. A postura do parlamentar, nesse sentido, é recorrente.
Mas, ao contrário do que se poderia esperar, Carmona não comentou se a crise econômica mundial poderá afetar a possibilidade de uma parceria comercial. Ao fazer seu proselitismo em defesa de investimentos da China no Pará, o deputado não fez nenhuma menção sobre os desrespeito aos direitos humanos naquele país. E nem comentou a ausência de uma legislação trabalhista capaz de proteger os mais elementares direitos dos trabalhadores chineses.

LUTA – A reivindicação dos policiais civis

Lideranças de delegados da Policia Civil, que reivindicam isonomia salarial, estiveram nesta terça-feira, 18, na Alepa, no previsível lobby para viabilizar a pretensão da categoria.
A restrição feita pelo governo Ana Júlia Carepa a reivindicação dos policiais civis é de que ela estabeleceria isonomia entre segmentos distintos da categoria. Segundo uma nota oficial do Palácio dos Despachos, “o cumprimento da isonomia salarial para um determinado número de delegados depende de esgotamento de alternativas judiciais, não havendo capacidade orçamentária do estado para seu cumprimento imediato”. A nota também salienta que "a disposição do governo é convocar novamente reunião para tratar de alterações no padrão remuneratório para o conjunto dos delegados, pois assim não haverá maior interstício entre aqueles que iniciam a carreira e os demais, valorizando toda a categoria dos delegados de polícia".

CEFET – O médico e o monstro

Um dos médicos do CEFET/PA (Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará) tem não apenas currículo, mas também prontuário. Em passado recente, ele chegou a ser detido pela polícia, sob a suspeita de fazer abortos clandestinos em seu consultório.
O rapaz, ao que consta, é enfant gaté do atual diretor geral do CEFET/PA, Edson Ary Oliveira Fontes, consensualmente descrito como um gestor inepto e prepotente. Edson Ary, como se sabe, é irmão de Edilza Joana Oliveira Fontes, a Cuca, amiga pessoal e comadre da governadora Ana Júlia Carepa, do qual é apaniguado o atual diretor geral do CEFET/PA. Definida como incorrigivelmente atrabiliária, Edilza Joana é diretora geral da Escola do Governo, cargo que acumula com a função de coordenadora do PTP, o Programa Territorial Participativo.

CEFET – Além da notícia

Segundo versão de bastidores, trata-se apenas da ponta do iceberg a revelação feita domingo, 16, pelo Repórter 70, a prestigiada coluna de O Liberal. De acordo com a notícia, o CEFET abriga um alojamento supostamente destinado a Edson Ary Oliveira Fontes, o diretor geral da instituição.
Por si só, a existência do tal alojamento é uma extravagância que fica no estreito limite do despautério puro e simples. O pior é que existem suspeitas de que o tal alojamento sirva para propósitos intoleráveis em uma instituição de ensino.

SEDES – A fritura de Eutalia

São tantas e tamanhas as sandices perpetradas pela atual administração da Sedes (Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Assistência Social) que ganha fôlego a versão de acordo com a qual a atual secretária, Eutalia Barbosa Rodrigues, estaria muito próxima de ser defenestrada.
Em tempo: pinçada do Tocantins, Eutalia desceu na Sedes de pára-quedas, exibindo como maior credencial para o cargo ser militante da DS, a Democracia Socialista. A DS é uma tendência interna do PT, da qual faz parte a própria governadora Ana Júlia Carepa. No Pará, a corrente ganhou um perfil inocultavelmente fisiológico e de pouco apreço à ética, embora nacionalmente exiba um discurso marcadamente ideológico.

UFPA – A marcha da insensatez

O autor de um comentário anônimo manifestou, como muita propriedade, seu desalento diante da atmosfera que permeia a eleição para reitor da UFPA (Universidade Federal do Pará). Denúncias de coação por parte do atual reitor, retaliações mútuas entre alguns dos candidatos, o recurso a balelas travestidas de estratégias de campanha e o desapreço à ética são alguns dos ingredientes que, lamentavelmente, condimentam a sucessão do professor Alex Bolonha Fiúza de Mello.
O internauta anônimo resumiu, com muita sensibilidade, o xis da questão, ao constatar que, independentemente de quem vença a disputa para suceder o professor Alex Bolonha Fiúza de Mello, quem mais perde, com tudo isso, é a própria UFPA. A esperança é que a academia seja maior - de preferência muito maior, mas muito maior, mesmo - que todos aqueles que dela fazem parte.

UFPA – Mediocridade e má-fé

A mediocridade não enxerga mais ninguém além de si mesma. Por isso, administro com a mais absoluta tranqüilidade as sandices disparadas contra mim, da qual é exemplo a insinuação de que eu possa ter preferência por este ou aquele candidato a reitor. Para além da mediocridade, a suspeita define o nível de leviandade do seu autor, seja ele quem for.
Pretender jogar os adversários e até supostos adversários na vala comum, na tentativa de desqualificar as eventuais críticas, é uma prática terrivelmente consagrada pelo stalinismo e não por acaso incorporada pelas ditaduras – de esquerda ou de direita. No meu caso, além da má-fé nela embutida, essa tentativa soa a mais arrematada sandice, até porque não faço parte da academia e nem tenho mais idade para deixar-me contaminar pelo clima passional sob o qual se dá a eleição do novo reitor da UFPA. Move-me, apenas, a preocupação com o interesse público e o respeito aos fatos.

UFPA – O pacto da intolerância

A respeito dessa suspeita tenho a acentuar que, se e quando tiver alguma preferência, serei o primeiro a antecipá-la, como sempre fiz, sem nem por isso escamotear os fatos, na perspectiva de que estes são sagrados, embora as interpretações sejam livres. Talvez por isso já tenha sido acusado, em passado bem recente, de fazer campanha para o professor Carlos Maneschy e agora ficar sob a suspeita de ser a favor da candidatura da professora Ana Tancredi.
É lamentável observar a existência de uma espécie de pacto da intolerância até entre candidaturas antagônicas, como são as dos professores Carlos Maneschy e Regina Feio. Só isso explica essa fixação em etiquetar-me, diante de relatos e/ou análises que as respectivas campanhas possam tomar como negativas para os seus candidatos.
Sandice maior só mesmo a tentativa de negar o clima de triunfalismo que permeia a campanha de Carlos Maneschy. O candidato, pessoalmente, pode até ser discreto, ou se esforçar para assim parecer, mas o triunfalismo está claramente expresso na sucessão de comentários laudatórios, sugerindo que a vitória é apenas uma questão de calendário. Pretender negar o que os fatos evidenciam segue a lógica hitlerista de que uma mentira sucessivamente repetida acaba por tomar ares de verdade.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

IMPRENSA – O preço do mimo de Ana Júlia

Um milhão e meio de reais. Segundo uma fonte com acesso privilegiado aos bastidores do poder, este foi o preço do mimo da governadora Ana Júlia Carepa aos Maiorana, no mês do aniversário de fundação do jornal O Liberal, que completou 62 anos neste último sábado, 15.
O agrado foi feito, de acordo com a mesma fonte, a pretexto de uma fatura que teria sido herdada do governo tucano de Simão Jatene, cujo pagamento estaria supostamente pendente. O mimo, acrescenta a fonte, independe do fluxo habitual de publicidade oficial destinada ao grupo de comunicação dos Maiorana.

IMPRENSA - Aliás

Um atento observador da cena política paraense revela-se convicto de que a governadora Ana Júlia Carepa marcha para o rompimento com o ex-governador Jader Barbalho, seu principal estrategista e eleitor na sucessão estadual de 2006. Nesse contexto, o mimo de R$ 1,5 milhão seria mais um indício das suspeitas nesse sentido.
Na leitura dessa mesma fonte, para acabar de configurar o clima de animosidade só falta a Griffo, a agência predileta do tucanato paraense, que monopolizou a fatia do leão da publicidade oficial durante os 12 anos de sucessivos governos do PSDB, passar a servir o governo Ana Júlia Carepa. O que não é algo inverossímil, diga-se, pois basta uma das agências habilitadas terceirizar seus serviços.

IMPRENSA – Os absurdos da TV Redord

A direção de jornalismo da TV Record precisa ficar mais atenta para os absurdos verbalizados no ar pelo apresentador do programa Balanço Geral. O rapaz revela-se não apenas absurdamente preconceituoso em relação aos humildes, como costuma achincalhá-los sem o menor vestígio de pudor.
Na sexta-feira, 14, por exemplo, ao entrevistar a coordenadora de projetos sociais da prefeitura de Belém, Elvira Pinheiro, em uma reportagem sobre coleta de lixo, o apresentador referiu-se aos carroceiros como “burros sem rabo”, uma definição absolutamente depreciativa e desrespeitosa.
No início da semana, pelo que me foi relatado, ele já havia transgredido os limites do bom senso ao comentar que ficara com a impressão de que, se a polícia ficasse mais algum tempo em uma rua da Cremação, fatalmente iria deter mais delinqüentes, além daqueles aos quais havia detido. A generalização é certamente perigosa, porquanto o bairro pode até servir de abrigo de marginais, mas nele também moram pessoas honradas, mesmo que pobres.

UFPA – Perfil acadêmico dos candidatos

Com o debate direto entre os candidatos cerceado por conta de uma das estultícias da comissão eleitoral, este blog espera poder contribuir sobre quem é quem dentre os postulantes a reitor da UFPA.
Para tanto, segue, abaixo, o perfil acadêmico dos candidatos a reitor e a vice-reitor, com base nas informações obtidas nos sites de campanha dos candidatos e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico):

Regina Fatima Feio Barroso

Atual vice-reitora, tem o apoio do atual reitor, professor Alex Bolonha Fiúza de Mello. Ela tem doutorado em odontologia (odontologia social) pela Universidade Federal Fluminense (1995). Atualmente pertence à classe de professor associado II da UFPA. Tem experiência na área de odontologia, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento sustentável, clínica integrada, odontologia legal, diabetes mellitus e cárie dentária. Foi coordenadora do curso de graduação de Odontologia da UFPA de 1999 até 2003. Foi pró-reitora de Extensão da UFPA, de maio de 2003 até julho de 2005. Foi ainda coordenadora do mestrado interinstitucional de estomatologia UFMG/UFPA. Foi também vice-coordenadora do curso de mestrado em Odontologia da UFPA, no período de 2004 a 2008.

Vice - Licurgo Peixoto de Brito

Pró-reitor de Ensino e Graduação, possui graduação em licenciatura em ciências (1979), graduação em licenciatura em física pela UFPA (1984) e doutorado em geofísica (1994), sempre pela UFPA. Atualmente é professor adjunto III da UFPA. Tem experiência na área de geociências, com ênfase em métodos eletromagnéticos, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de física, ensino de ciências e imageamento eletromagnético.

Ana Maria Orlandina Tancredi Carvalho

Tem graduação em pedagogia pela UFPA (1969) e mestrado em Scienze Dell' Educazione Psicopedagogia - Università Italiana Degli Studi Di Torino (1976), além de doutorado pela Inicamp (Universidade Estadual de Campinas/São Paulo). Tem experiência na área de educação, com ênfase em educação infantil, atuando principalmente nos seguintes temas: educação infantil, creche e pré-escola, Constituição Federal 88, LDBN, politicas públicas e carreira.

Vice – Petrônio Medeiros Lima

Doutor em engenharia mecânica pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), é professor Associado II da Faculdade de Engenharia Mecânica do ITEC (Instituto de Tecnologia) da UFPA. Tem experiência na área de engenharia de materiais e metalúrgica e processos de fabricação, com ênfase em conformação plástica, biomateriais, corrosão metálica e propriedades mecânicas dos materiais.
Ele integra a ABM (Associação Brasileira de Metais e Metalurgia) e a ABRACO (Associação Brasileira de Corrosão), exibindo reconhecimento nacional pelas pesquisas desenvolvidas. Atualmente, coordena o curso de engenharia mecânica no Núcleo Universitário de Tucuruí da UFPA. No campus do Guamá, já foi chefe de departamento, coordenador de colegiado, coordenador dos cursos de especialização em materiais e processos de fabricação e representante do antigo Centro Tecnológico no CONSEPE e no CONSUN.

Carlos Edílson de Almeida Maneschy

Ex-diretor executivo da Fadesp (Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa), ele é bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq - Nível 1. tem graduação em engenharia mecânica pela UFPA (1977), mestrado em engenharia mecânica pela PUC/RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) (1981), e doutorado em engenharia mecânica pela University of Pittsburgh (1986). Atualmente é consultor da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e professor titular da UFPA. Tem experiência na área de engenharia mecânica, com ênfase em análise de tensões, mecânica dos sólidos e mecânica não linear.

Vice – Horádio Schneider

Bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq - Nível 1C, é graduado em licenciatura em ciências biológicas pela UFPA (1974), mestrado em genética e biologia molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1976), doutorado em genética e biologia molecular pela UFRGS (1984), pos-doutorado na Universidade de Stanford (2000-2001). Atualmente é professor da UFPA, atuando no campus de Bragança. Tem experiência na área de genética, com ênfase em genética animal, no campo da sistemática e filogenia molecular de vertebrados com ênfase nas ordens primata e edentata. Colabora em projetos de filogenia molecular de recursos pesqueiros. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências, e comendador da Ordem do Mérito Científico Nacional. É membro suplente do Conselho da FAPESPA. Foi membro do CONAMA, CTNBIO, Comitê assessor do CNPq, dentre outros. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Genetica, Sociedade Brasileira de Primatologia e atualmente preside a Sociedade Brasileira de Genética (2006-2008). Participou da gestão do ex-reitor Jose Seixas Lourenço, na condição de pro-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, foi vice-coordenador do Nucleo de Meio Ambiente, coordenador do campus de Bragança. Atualmene exerce o cargo de diretor geral do Instituto de Estudos Costeiros do campus de Bragança da UFPA.

Ricardo Ishak

Bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq - Nível 1C. Graduado em biomedicina, pela UFPA (1975), obteve seu mestrado (Masters in Public Health) na Yale University, USA (1978), na área de epidemiologia e controle de doenças infecciosas. Trabalhou no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, da Universidade Federal de Goiás, de 1978 a 1980, e transferiu-se para o atual Instituto de Ciências Biológicas da UFPA, onde permanece até o momento. No ano de 1982 foi para a Inglaterra e em 1985, obteve seu PhD em virologia, na London School of Hygiene and Tropical Medicine. Em 1991 prestou concurso e alcançou o posto de professor titular do ICB, no qual exerceu o cargo de diretor, de 2002 a 2005. Atualmente desenvolve atividades de ensino na graduação e pós-graduação (programas de biologia de agentes infecciosos e parasitários da UFPA e de medicina tropical da InB, a Universidade de Brasília). Além do ensino, desenvolve projetos de pesquisa e extensão na área de microbiologia, com ênfase em virologia médica, trabalhando com agentes como o HTLV, HIV, VHB, VHC, HHV-8 e a chlamydia trachomatis e C. pneumoniae.

Vice – Habib Fraiha Neto

Seu currículo exibe graduação em medicina pela UFPA (1964) e doutorado em ciências biológicas por mérito de produção científica também pela UFPA (1992). Pesquisador titular aposentado do Instituto Evandro Chagas, onde durante anos chefiou a seção de parasitologia. Atualmente é professor adjunto nível 4 da UFPA. Tem experiência nas áreas de parasitologia, entomologia médica e medicina tropical, atuando principalmente nos seguintes temas: taxonomia de flebotomíneos americanos, miíases humanas na Amazônia, lepidopterismo, patologia amazônica exótica, entomoepidemiologia médica na Amazônia, com destaque para a da doença de Chagas, filárias parasitas de primatas não humanos da América Tropical, filarioses humanas na Amazônia, escorpiões da Amazônia Oriental. É ex-presidente e hoje sócio honorário da Sociedade Brasileira de Parasitologia, ele é membro titular da Academia de Medicina do Pará, onde ocupa a cadeira Gaspar Vianna, e da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.

UFPA – A correlação de forças

A despeito do triunfalismo que permeia a campanha do professor Carlos Maneschy, aparentemente não convém subestimar o potencial eleitoral dos demais candidatos a reitor, ou pelo menos de parte deles. Maneschy tem certamente a vantagem de ter largado na frente, ao assumir logo sua candidatura e ter começado a fazer o corpo-a-corpo eleitoral há pelo menos um ano atrás.
Na ausência de pesquisas capazes de mapear o humor do eleitorado, Maneschy em tese desponta como o favorito, a partir de um sentimento lastreado pela intuição. Em tese, repita-se. Em princípio, apesar de se revelar até aqui opaca, e a despeito do ônus que possa representar ser a candidata do atual reitor, professor Alex Bolonha Fiúza de Mello, a professora Regina Feio tem a seu favor o bônus de poder dispor da força da máquina administrativa, capaz de conferir uma mobilidade considerável à sua campanha.
Já a professora Ana Tancredi parece correr por fora, com grandes possibilidades de emergir como um azarão, na leitura de membros da academia. Até aqui à margem da polarização entre Maneschy e Regina, se esse cenário perdurar, o desgaste das retaliações mútuas entre os dois poderá turbinar o eventual potencial eleitoral de Ana Tancredi, sobretudo se ela cultivar uma campanha propositiva. Quanto ao professor Ricardo Ishak, sobre sua candidatura paira um clima de ceticismo na academia e a crença de que sua votação deverá ser fragmentada.

UFPA – As chances de Regina Feio

Na leitura de quem tem familiaridade com as idiossincrasias da academia, o eleitorado de Regina Feio seria fragmentado, embora a atual vice-reitora supostamente disponha de expressiva inserção nos cursos de farmácia e nutrição. Além disso, ela dividiria as preferências do eleitorado de odontologia com Carlos Maneschy, o que, se confirmado, soará fatalmente desabonador para sua candidatura, porque se trata, em tese, de um reduto eleitoral que ela deveria monopolizar, pela sua própria condição de odontóloga.
Se no entender de uma expressiva parcela da academia o apoio do atual reitor desgasta a candidatura de Regina, na esteira do perfil autocrático que revela Alex Bolonha Fiúza de Mello, a expectativa de compensação seria o apoio massivo das cabeças coroadas da DS, a Democracia Socialista. A DS, relembrando, vem a ser a tendência do PT que dá as cartas no governo Ana Júlia Carepa, até porque dela faz parte a própria governadora, e cujos expoentes mantêm fortes vínculos com a UFPA. De resto, o companheiro de chapa de Regina, o professor Licurgo Brito, pró-reitor de Ensino e Graduação, gozaria de forte expressão no interior.

UFPA – Ana é tida como imbatível no ICED

Professores de carreira da UFPA definem o ICED (Instituto de Ciências da Educação) como um reduto inexpugnável da professora Ana Tancredi. A Escola de Aplicação, o antigo NPI (Núcleo Pedagógico Integrado), por exemplo, é tida como um reduto histórico da candidata, descrita como “expressivamente popular” no corpo discente, um contingente equivalente a cerca de 36 mil alunos.
Para dar uma idéia do peso eleitoral que podem ter os alunos, em eleições para reitor, o corpo docente da UFPA somaria 2.365 professores e o quadro técnico-administrativo seria constituído por 2.335 servidores. O problema seria motivar esse segmento de discentes a ir majoritariamente às urnas: historicamente, dizem, a porcentagem de abstenção entre os universitários ficaria em torno de 80%. Assim, as chances de Ana Tancredi dependem, em princípio, da inserção que eventualmente vier a obter em outros nichos eleitorais.

UFPA – Triunfalismo, a tônica de Maneschy

Como as projeções sobre intenção de voto são meramente intuitivas, e predomina uma atmosfera de indisfarçável triunfalismo na sua campanha, os prognósticos a favor de Maneschy costumam ser ornamentados por porcentagens colossais, pelo menos quando se referem às adesões que ele teria obtido no corpo técnico-administrativo. Fala-se que hoje ele deteria algo em torno de 70% dos votos dos servidores da UFPA, uma vantagem considerável se procedente a versão segundo a qual a porcentagem histórica de comparecimento às urnas desse contingente costumaria ficar próximo de 95%, contra apenas 21% dos professores e 20% dos alunos.
Avaliações mais comedidas evitam resvalar para o blefe, mas arriscam algumas previsões. De acordo com essas avaliações, Maneschy deteria hoje, possivelmente, 60% dos votos no ITEC (Instituto de Tecnologia) e teria a perspectiva de ter também um excelente desempenho no IG (Instituto de Geociências), ICJ (Instituto de Ciências Jurídicas), no IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas) e no ILC (Instituto de Letras e Comunicação), além de dividir os votos em Odontologia, que presumivelmente deveria ser um reduto de Regina Feio. No interior, a presença do professor Horácio Schneider, seu companheiro de chapa como candidato a vice-reitor, se encarregaria de disseminar a candidatura de Maneschy fora do campus universitário do Guamá, presumivelmente neutralizando a influência atribuída ao professor Licurgo Brito, candidato a vice-reitor na chapa da professora Regina Feio.

UFPA – Ricardo Ishak, uma interrogação

Uma grande interrogação. Assim são definidas as possibilidades da candidatura do professor Ricardo Ishak, que em tese deveria ser forte no ICB (Instituto de Ciências Biológicas).
Ishak e seu companheiro de chapa, o professor Habib Fraiha Neto, exibem currículos brilhantes, o que de resto é o denominador comum entre os candidatos. Agora, quanto a densidade eleitoral de Ishak e Fraiha Neto sobram dúvidas. A avaliação generalizada é de que a votação da chapa deva ser, provavelmente, fragmentada.

UFPA – Por debaixo dos panos

Pelo que já vazou, o professor Carlos Maneschy estaria tão confiante, mas tão confiante, embora evite assumir seu otimismo publicamente, que até já teria tratado de obter o apoio político do professor Nilson Pinto, ex-reitor da UFPA e hoje deputado federal pelo PSDB. Maneschy, convém recordar, serviu ao governo do tucano Simão Robison Jatene, um político de gabinete que o ex-governador Almir Gabriel transformou, a fórceps, em seu sucessor, na pretensão de sucedê-lo em 2006, um continuísmo abortado pela vitória da petista Ana Júlia Carepa, com o decisivo apoio do ex-governador Jader Barbalho.
Nilson Pinto marcou sua passagem como reitor com a implantação da interiorização da UFPA e goza de inegável prestígio no IG, o Instituto de Geociências. Ele é um parlamentar de desempenho pífio, mas dócil ao governo Lula. Por ser servil ao Palácio do Planalto, mantém seu prestígio na área de competência do MEC, o Ministério da Educação.

UFPA – Simplismo que ofende a inteligência

Na política universitária, como na política partidária, candidato nenhum escolhe eleitores. Mas não só pode, como deve, ser seletivo em relação aos seus aliados – pelo menos os mais próximos. Só assim é possível não transpor para o interior da academia os vícios da política partidária, que hoje começam a ser rejeitados dentro do seu próprio habitat, como evidenciou o bom desempenho do deputado federal Fernando Gabeira (PV), na recente eleição para prefeito do Rio.
A reflexão me ocorre diante da argumentação, registrada em comentário postado neste blog, para justificar o professor Carlos Maneschy abrigar, tão próximo de si, incontestáveis representantes da escumalha que insiste em vicejar na UFPA. Alegar que se trata de um “coletivo plural” é lançar mão de um eufemismo que tenta escamotear a leniência diante do desapreço à ética e da afronta a probidade. Um simplismo, diga-se, que ofende a inteligência.

UFPA – O nhenhenhém sobre o almoço

Também ofende a inteligência tentar justificar o beija-mão de Carlos Maneschy com o iracundo Cláudio Alberto Castelo Branco Puty, o chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia Carepa, também conhecido por Pacheco, em alusão ao personagem de Eça de Queiroz que exibe muita empáfia e pouca realizações. Argumentar que Pacheco integra a academia soa a um cinismo que fica no limite do escárnio, porque o interlocutor de Maneschy não foi o professor adjunto da UFPA, mas o chefe da Casa Civil do governo.
E tanto foi assim, que Maneschy indagou-lhe se procedia o suposto interdito proibitório ao seu nome, por parte do governo Ana Júlia Carepa. O subtexto disso é vassalagem, tanto mais patética porque prestada a um preposto.

sábado, 15 de novembro de 2008

UFPA – Ana desmente negociação com Maneschy

Uma das candidatas a reitora da UFPA (Universidade Federal do Pará), a professora Ana Tancredi desmente categoricamente a versão segundo a qual teriam ocorrido negociações, malsucedidas, visando uma composição entre ela e o professor Carlos Maneschy, outro dos candidatos à sucessão do atual reitor. “Nem ele me procurou, nem eu o procurei, até porque hoje seguimos caminhos distintos”, declarou, por telefone, ao ser procurada por este blog, para comentar uma postagem anônima em torno dessa versão, por ela categoricamente desmentida.
Na breve entrevista feita por telefone, Ana Tancredi acrescentou que quando foi companheira de chapa de Maneschy, em 2001, o foi atendendo a um expresso convite do então candidato a reitor. E recordou que na eleição seguinte, em 2005, procurou Maneschy, para tentar obter o apoio deste à candidatura a reitora da professora Olgaizes Maués. Na ocasião, assinalou Ana Tancredi, Maneschy optou por apoiar o atual reitor, professor Alex Bolonha Fiúza de Mello, na época candidato a reeleição.

UFPA – A questão do redimensionamento

Ana Tancredi também desmentiu de forma enfática a versão de acordo com a qual teria afirmado que, se eleita reitora, tornaria sem efeito o redimensionamento de pessoal, deflagrado pela administração do atual reitor e alvo de severas críticas na comunidade acadêmica. “Isso não é verdade”, resumiu.
“O redimensionamento é uma conquista dos servidores da universidade e, por isso, o que prometi foi, em verdade, revê-lo, para corrigir as distorções e aperfeiçoá-lo”, acrescentou Ana Tancredi. Na avaliação da candidata a reitora, a forma pela qual está sendo implantado o redimensionamento é desrespeitosa para com os servidores da UFPA.

UFPA – O cinismo diante da baixaria

Até pelo cinismo nele expresso, diante da baixaria perpetrada, merece um esclarecimento o comentário anônimo, feito em nome de autodenominados maneschyanos, isentando-se de responsabilidade em relação a versão que apresenta o professor Ricardo Ischak como o suposto candidato a reitor do grupo de comunicação da família Maiorana. A versão embute uma conotação claramente pejorativa, considerando as restrições que vicejam na comunidade acadêmica em relação a política editorial das ORM, as Organizações Romulo Maiorana.
Foi através de um declarado eleitor do professor Carlos Maneschy, que se identifica como integrante da coordenação da campanha deste, que ouvi pela primeira vez essa versão em torno da candidatura do professor Ricardo Ischak. Posteriormente, voltei a ouvir essa versão por parte de um eleitor da professora Regina Feio Barroso, a candidata do reitor Alex Bolonha Fiúza de Mello.

UFPA – O sofisma sobre o almoço com Puty

Merece também reparo o sofisma que tenta justificar o almoço do professor Carlos Maneschy com o iracundo chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia Carepa, Cláudio Alberto Castelo Branco Puty. A Puty, também conhecido como Pacheco, em alusão ao personagem ao personagem de Eça de Queiroz farto em empáfia e parco de realizações, foi atribuído um suposto interdito proibitório a Maneschy, em nome da DS, a Democracia Socialista, a tendência do PT que detém o comando da máquina administrativa estadual.
No almoço, na versão do próprio candidato, Puty teria negado a existência de veto à candidatura de Maneschy, o qual nada declarou sobre a suspeita de um escambo político, não de todo descartável, diante do apetite pelo poder da DS. Mas uma coisa é certa: ir ao encontro de Puty representou uma concessão do candidato a reitor, considerando a interferência indébita que representaria um veto em um assunto de consumo interno da universidade. Buscar apoio dos inquilinos do poder é um procedimento usual entre os postulantes a reitor, mas descer ao nível do beija-mão com preposto é incontestavelmente depreciativo.

UFPA – Uma comparação despropositada

Por isso mesmo soa despropositada a tentativa de nivelar o almoço de Maneschy com Puty ao encontro do professor Alex Bolonha Fiúza de Mello com o então governador tucano Almir José Gabriel. A comparação inclusive não faz justiça a Almir José Gabriel, um governador que, a despeito das críticas que lhe possam ser feitas, cumpriu dois mandatos legitimados pelo voto e teve antes uma vitoriosa trajetória profissional, como médico competente que foi.
Não foi um erro sem possibilidade de remissão, mas o fato é que Maneschy saiu menor do que entrou do almoço com Puty, ao legitimar a importância que este se atribui, sem na verdade tê-la, a pretexto de ser o articulador político da governadora. Se era para protagonizar o usual beija-mão, Maneschy poderia cumpri-lo com a própria Ana Júlia Carepa. Teria sido mais digno.